segunda-feira, 7 de julho de 2014

"A Mão Na Porta"



A mão que foi de alguém
espera que alguém lhe pegue.

Se ninguém lhe pegar
ninguém há-de entrar.

Há mãos que só servem
para que uma porta se abra.

E quando a mão fica caída,
não há entrada nem saída.


Nuno Júdice

Grato ao António Nunes pela "inspiração". 


8 comentários:



  1. Olha que o Nuno Júdice,
    Por teu intermédio,
    Deixou-me a reflectir nestas palavras!
    Será que se referia a aldrabas!?
    Acho que vou ficar sem saber!
    Não tenho outro remédio!


    Beijinhos sem aldrabices
    (^^)

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  2. Olha o que uma aldraba leva a dizer tão poeticamente!
    Bela foto!

    Abraço

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  3. Muito bonita esta publicação!
    Bela sintonia entre imagem e palavras!

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  4. Ainda gostava de saber a origem desse nome "aldraba" ! rsrs ... Será por estava "ligada" a aldrabice, a mentira ? ... Será porque era um punho fechado (uma mão que não oferecia nada) ? rsrsrs
    Certo é que eram muito usadas e algumas bem interessantes ! :))

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  5. Tudo a conduzir, digo, a condizer...

    Já estou como a Afrodite: agora fiquei sem saber se o Júdice fez o poema à mão ou à aldraba...

    Tantas aldrabas dessas na velha Algés, na velha Lisboa... ( e como eu sou velha, também!...)

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  6. Afrodite e Graça Sampaio:
    O título do post/poesia é do Nuno Júdice e, como eu gosto de escrever pouco... está tudo dito.
    :)

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  7. Não conhecia o poema e gostei, assim como da imagem da porta.

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