domingo, 26 de setembro de 2010

Mãe há muitas, pai há só um!

Contrariamente aos que afirmam que mãe há só uma, eu, que discordo em absoluto, fundamento esta minha teoria com prova irrefutável.



Este “RP” que aqui se apresenta, teria nessa altura cerca de 15 anos, acaba agora de completar as suas 25 primaveras. Esse parto comparado com o de hoje não foi nada complicado, bastou apenas uma mãe, agora parir este matulão… foi obra.




As dores que senti foram tantas e tão fortes que se eu não tivesse tido a preciosa ajuda de outras mães mais experientes eu nunca o teria dado à luz. Enquanto me lembrar do que passei não quero sequer pensar em ter mais filhos, a menos que sejam adoptivos. É que, mãe há muitas, pai há só um!!!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Preguiça ou meditação?



Há certas alturas das nossas vidas em que abrandar o ritmo pode não ser o suficiente, torna-se mesmo necessário parar e deixar assentar a poeira. Depois, se nos afastarmos um pouco, mais calmos, temos uma perspectiva do conjunto e conseguimos enxergar ao longe o que não era visível de perto.

A isto uns chamam preguiça, outros meditação… e vocês o que pensam?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Exposição Colectiva de Pintura - Galeria 57 Edifício 2000

Ora então apontem aí na vossa agenda, se faz favor, para o dia 17 do corrente, se não me enganaram na data, visitar exposição colectiva de pintura na Galeria 57 no Edifício 2000 em Leiria.



P.S. Não é por nada mas um desses galinhos vinha-me mesmo a calhar bem…

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Eles andam a pedir chuva

Atacando em todas as frentes, arbitragens, participação na Taça da Liga, suspensão das negociações para venda dos direitos televisivos, Secretário de Estado do Desporto, o Benfica pede também aos adeptos para fazerem boicote nos jogos fora de casa.

Sem querer por em causa a verdade desportiva acho que eles andam a pedir chuva. Por mim tudo bem, até já semeei os nabos, agora só me resta esperar.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Que "ganda galo"!


O meu despertador falhou-me e eu estranhei. Logo hoje, uma segunda-feira. Que raio de coisa! Não foi falta de corda, ele não precisa que lha dêem, a luz não faltou, eu próprio o havia confirmado ontem com os meus próprios olhos, tudo em ordem.


Esta manhã estava eu ainda a preparar o meu pequeno-almoço, um pouco mais tarde que o habitual, quando a minha empregada, ansiosa para me dar os seus bons dias e contar as novidades, irrompeu pela cozinha num enorme alvoroço. - Ai Sr. Rui, eu até estou incomodada! Veja só o que eu encontrei lá em baixo… (blá-blá-blá).

Para encurtar conversa e desviar o tema perguntei-lhe se era servida. Creio não ter sido ouvido ou então fui eu que não retive a resposta. Novamente a sós com o leite pão queijo e marmelada, mas agora sem grande apetite, cismava…

Como vai ser agora a vida das suas fiéis e devotas companheiras, sentirão a sua falta? Livres do seu arrastar de asa e das suas investidas frequentes passarão a pôr mais ovos? A única coisa que vos posso dizer é que o dono da capoeira teve uma vida em cheio. Era lustroso e robusto, aquilo que na gíria se diz um “ganda galo”. Morreu hoje, quando nada o fazia prever, de morte súbita.

Despeço-me com a certeza de que amanhã outro galo cantará, mas não será no meu quintal.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ai Portugal, Portugal!

Na minha “rotina matinal” fazem parte a agricultura no quintal alternada com uma ida à piscina, i.e., dou cabo das minhas hérnias discais num dia e tento concertá-las no outro. Uma coisa que não dispenso, da qual me privei na semana passada, é da ida à bica, onde tento sem nunca o conseguir pôr a leitura em dia. Com a manhã bastante adiantada e já próximo da hora de saída da empregada doméstica ainda passo por um super-mercado perto de casa. Este é um hábito que mantenho desde que me reformei e que a minha cara-metade muito se regozija, poupo-lhe trabalho, dinheiro e, mais importante, ainda lhe soluciono esse problema - “que é que vamos comer logo?”
  
Com os meninos fora de casa, ele de férias na Madeira e ela a “veranear” em Aahrus  mais o seu Erasmus, as compras hoje resumiram-se a pão, cenouras, duas postas de peixe-espada, mais duas postas de salmão, bananas, pêssegos maracotão e uvas D. Maria. À saída quando passei pela caixa para pagar e vi a importância não pude deixar de sorrir, dos vinte euros que entreguei ainda recebi troco.

A semana passada, numa loja de conveniência da cadeia “Seven Eleven”, quando paguei (DKK 8) mais de um euro por uma simples banana, ou cinco euros por um “caffee lattee” confirmou aquilo que há muito já sabia e me fez lembrar o romance “A Jangada de Pedra”, de José Saramago. 

Não restam dúvidas que a Península Ibérica (Portugal), se afasta cada vez mais, cultural, social ou economicamente do resto do continente europeu.


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Statens Museum for Kunst

Statens Museum for Kunst

Este Museu Nacional de Arte é um dos mais importantes museus dinamarqueses e encontra-se situado na capital do país, Copenhaga. 



Statens Museum for Kunst














No seu vasto acervo encontram-se obras,  dos mais consagrados mestres da pintura e escultura (Rubens, Rembrandt, Picasso, Matisse, Modigliani), desde a Renascença até aos nossos dias.

Amedeo Mondigliani
Alice 1918

E como não podia deixar de ser, a Arte dinamarquesa também se encontra aqui devidamente representada.


Carl  Bloch 1866
In a Roman Osteria


terça-feira, 7 de setembro de 2010

Paixão irresistível

Adam and Eve with the Dead Abel
Carl J. Bonnensen 1922


Só de pensar que me ia encontrar com ela ao fim de tão longa, indesejada e dolorosa ausência, sentia-me como um miúdo, que não vê a hora do recreio chegar, muito impaciente e profundamente excitado.

Tanto tempo sem a poder ver tocar ou sentir em nada beliscou ou arrefeceu esta antiga paixão, pelo contrário, tornou-a ainda mais forte e ardente. E se dúvidas houvesse, olhá-la nos olhos, vê-la sorrir com malícia, primeiro desafiadora e provocadora depois, logo tombavam desamparadas. Voltar a abraçá-la… o beijo húmido… o corpo quente que me envolve e arrepia… impossível resistir quanto mais esquecer.


Este (re) encontro não terá demorado mais de quarenta minutos mas foi o suficiente para me revigorar a ponto de me sentir já outro. A esta hora os braços, as pernas e as costas podem estar um pouco doridas (sim, eu não me poupei!) mas não é motivo que me impeça de voltar muito em breve à piscina. Duvidam?

BOB DYLAN The Brazil Series


No recente passeio que efectuámos por Copenhaga estava “prometida” uma visita ao Museu Nacional de Arte da Dinamarca (Statens Museum for Kunst) e como as promessas são para se cumprir, lá fomos pelo nosso próprio pé pagá-la. Se à partida as expectativas eram enormes quando nos apercebemos que ia ser inaugurada nesse preciso momento uma exposição de telas do músico/compositor Bob Dylan, imaginem então como ficámos.

Essas pinturas mostram-nos paisagens da vida quotidiana nas cidades e favelas do Brasil e, através da projecção em simultâneo de dois pequenos filmes/documentários (formando um ângulo recto), são-nos mostrados diferentes pontos de vista de como pessoas vêem e sentem esses quadros.

Dylan escreveu: “If i have expressed the same in a song, i would have written a song instead”... "I´m not trying to make social comment or fulfill somebody´s vision...".

No geral estes trabalhos agradam-me mas, sem pretender fazer crítica dado não possuir habilitações para tal, não deixo de me interrogar se o artista/pintor em causa fosse outro, teria todo este destaque?  A ele vou dar-lhe o benefício da dúvida e a vós esta velhinha canção.



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Os opostos atraem-se…



A impressão com que ficamos de um país tem muito a ver com o tempo, Sol ou chuva fazem toda a diferença e influenciam imenso a apreciação global, mas não só. Se vos disser que nos sete dias que estivemos na Dinamarca nunca utilizámos o guarda-chuva… e, quando parávamos para consultar o mapa e olhávamos em redor indecisos sobre qual o caminho a seguir éramos logo abordados com um “Hey” e um sorriso sincero, perguntando-nos se necessitávamos de ajuda...


Castelos, Palácios, Torres, Museus, Igrejas, Praças, Parques, tanto que há para ver e o tempo é tão escasso, por isso há que fazer opções. A melhor maneira para se conhecer uma cidade é andar a pé, de mochila às costas, mapa numa mão e máquina fotográfica noutra, evitando tanto quanto possível recorrer a todo o tipo de transportes. Esta técnica não sendo nova é contudo amiga do ambiente, cansa mas não polui, e compensa largamente por tudo o que nos revela em cada esquina.


As cidades são como as moedas, umas mais pequenas outras maiores, todas têm o seu valor. De um lado brilho e esplendor do outro, remexendo os seus desperdícios numa luta desigual pela sobrevivência, os excluídos, embora aqui não se veja a miséria de outras capitais. Esta, sendo rica e pacífica, atrai-nos, mas o seu elevado nível de vida, comparado com o nosso, repele-nos.


Chegámos ontem com os bolsos tão vazios como quando partimos mas hoje até nos sentimos um pouco mais ricos. 

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Assimetrias



A primeira etapa e razão desta viagem cumpriu-se. Para trás ficou a bonita cidade de Aarhus com a nossa encantadora menina.

Quando entrámos no comboio, com destino a Copenhaga, estranhámos tanto conforto e requinte, quem está habituado a ver passar os comboios na linha do oeste... no mínimo interroga-se.

Dissipada essa dúvida outras surgem e agora em catadupla. Porquê estas assimetrias entre Norte e Sul, entre ricos e pobres? Porquê???

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Den Gamle By (The Old Town)












“A Cidade Velha” é um museu construído ao ar livre que recria a vida dinamarquesa, as suas classes sociais, ofícios e costumes desde meados do século XVI até inícios do século XX.


 Ao percorrermos as ruas estreitas desta aldeia mercantil começamos a ter uma ideia de como se vivia num outro tempo e quando entramos nessas casas ou lojas, ao observar o seu recheio, ficamos completamente fascinados. Que dizer então quando os seus ocupantes interagem connosco? Sentimo-nos transportados para outras épocas.


A história da professora, que estava proibida de ensinar e de falar a sua própria língua devido à ocupação dos alemães, foi-nos contada com tal realismo que até nos arrepiou.



Ao entrarmos na livraria o sorriso de boas vindas do livreiro levou-nos para outra dimensão.



E ao sairmos do museu, já no Jardim Botânico (Botanisk Have), este moinho veio despedir-se de nós e dizer-nos: "bons ventos vos levem..., até breve!”.