sábado, 31 de dezembro de 2011

Bom Ano!

Depois de um longo silêncio… por onde começar?

Exceptuando uma certa preguiça, que me invadiu e alimentei, tudo o resto está normal. Na falta de novidades dignas de registo, os dias sucederam-se iguais e… o fim do ano chegou. Tranquilizem-se. De mim, e da austeridade que aí vem, não se livrarão assim tão facilmente.

Para todos os meus amigos aqui ficam os meus votos: que 2012 seja o melhor possível. Tchim! Tchim!

sábado, 17 de dezembro de 2011

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O Inverno não Tarda Está Aí...

A semana passada foi o Nuno quem nos deixou, tinha 58 anos, em pleno Outono… 

Ontem foi o David, com 31 anos, entre a Primavera e o Verão… 

O Inverno não tarda está aí...


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Quero Voltar a Sorrir...


Um certo cansaço e alguma desilusão, muita tristeza e demasiada apatia. Revolta interior, silenciosa, rotinas, exames médicos, livros, telas…

“Isto de os poetas nos roubarem a alma não é coisa decente, porque aquilo da poesia leva muita mentira. Sorri, sorri verdadeiramente como nunca até ali naquele lar.”

É isto que procuro insistentemente mas não encontro. Será que o perdi, ou fui roubado? Se alguém o encontrar, por favor, devolva-me aquilo que é meu. Quero voltar a sorrir...

Bom Fim-de-Semana!

domingo, 27 de novembro de 2011

Gonçalo M. Tavares em Leiria

Defendendo o seu espaço individual, sem net ou telemóveis, entre a janela e a cadeira, o escritor prefere a última. Nela se deixa ficar 4 a 5 horas diárias a fazer aquilo que lhe dá prazer. Escrever.


A escrita é uma coisa muito individual, muito orgânica. São traços que ganham sentido. Depois de se libertar das palavras que o atormentam necessita carregar novamente as baterias. Sai para a rua, a cidade fascina-o. Vai observar as pessoas para “lhes roubar”a energia.


De tudo quanto escreveu não possui a chave para a porta, sendo cada um livre de interpretar à sua maneira.



Foi assim, desta forma simples e descontraída, que Gonçalo M. Tavares se apresentou esta tarde na Livraria Arquivo, em Leiria. 

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Palhaços...

Metade do Subsídio de Natal já foi...







Óleo Sobre Tela - "Palhaço"
Rui Pascoal - 2011


Eles não passam de pobres palhaços...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sigamos o Cherne


O O'Neill que me perdoe...

´Sigamos o Cherne - Óleo sobre Tela
Rui Pascoal 2011



Sigamos o cherne, minha Amiga!

Desçamos ao fundo do desejo
Atrás de muito mais que a fantasia
E aceitemos, até, do cherne um beijo,
Senão já com amor, com alegria...

Em cada um de nós circula o cherne,
Quase sempre mentido e olvidado.
Em água silenciosa de passado
Circula o cherne: traído
Peixe recalcado...

Sigamos, pois, o cherne, antes que venha,
Já morto, boiar ao lume de água,
Nos olhos rasos de água,
Quando, mentido o cherne a vida inteira,
Não somos mais que solidão e mágoa...

(Depois de ver o filme "O Mundo do Silêncio>" de Jacques-Yves Costeau)

Alexandre  O'Neill in No Reino da Dinamarca


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Coimbra, Hoje e Sempre, Coimbra...

(Clique nas imagens)


E o mundo não tem metade
Porque nunca está inteiro
O mundo nunca está completo:
Faltam pessoas que nos morreram.




"Sou muito mais poderoso do que os reis porque não sou obrigado a reinar.
Além disso posso dançar em qualquer situação sem parecer ridículo.
E qual é, afinal, o rei que o consegue?
Dançar sem parecer ridículo."




(Textos de Gonçalo M. Tavares)


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

"Sol de Pouca Dura"


Se exceptuarmos o resultado ontem obtido contra a Bósnia, e o consequente apuramento para o Euro 2012,  continuamos na mesma: um País pobrete e nada alegrete”. Um "país por conhecer, por escrever, por ler...  como dizia o Alexandre O'Neill.


terça-feira, 15 de novembro de 2011

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

domingo, 13 de novembro de 2011

"Ser feliz não impede o dia seguinte"

O dia foi passado no sofá. Um livro na mão mantinha nas pernas e a borracha de pelo ronronante aconchegaram-me. Amanhã será outro dia. 

“A Natureza ensina, mas não aprendemos:
O cão doméstico não impede a existência do lobo, um
clima magnífico não proíbe as tempestades,
Ser feliz não impede o dia seguinte.”

“Uma Viagem à India” de Gonçalo M. Tavares


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Exposição de Pintura - "Contos e Lendas" de SÍLVIA PATRÍCIO

Depois de “Essa Paixão Proibida”, baseada na obra de Eça de Queirós - “O Crime do Padre Amaro”, e de “Entre Mundos”, integrada no Entremuralhas – Festival Gótico 2011, Sílvia Patrício volta a expor em Leiria, desta feita “Contos e Lendas”. 



Esta tarde fomos visitar a exposição e cruzámo-nos com a artista que simpaticamente se deixou fotografar.



Ao todo são nove telas, inspiradas em outras tantas histórias, todas elas acompanhadas por faixas sonoras que o visitante poderá ouvir enquanto olha as pinturas. 


Esta exposição poderá ser vista diariamente, entre as 14H30 e as 19H30, na Galeria Ensaios - Largo Cândido dos Reis nº 10 (Junto ao Terreiro) em Leiria (entrada livre).







segunda-feira, 7 de novembro de 2011

É Preciso Também Não Ter Filosofia Nenhuma

Lisboa (Alfama) - Março 2011

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa


domingo, 6 de novembro de 2011

Encontro Feliz... Na Capital do País

(Clicar na imagem)


Foi um encontro feliz

A mãe com sua petiz
Em perfeita bissectriz
Apanhadas por um triz
Na capital do país.


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

As Bolas de Sabão

As Bolas de Sabão - Óleo Sobre Tela
Manet, Edouard / França / 1867
Fundação Calouste Gulbenkian


As bolas de sabão que esta criança
Se entretém a largar de uma palhinha
São translucidamente uma filosofia toda.
Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
Amigas dos olhos como as cousas,
São aquilo que são
Com uma precisão redondinha e aérea,
E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa,
Pretende que elas são mais do que parecem ser.

Algumas mal se vêem no ar lúcido.
São como a brisa que passa e mal toca nas flores
E que só sabemos que passa
Porque qualquer cousa se aligeira em nós
E aceita tudo mais nitidamente.

Alberto Caeiro
Heterónimo de Fernando Pessoa (1888-1935)


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A Conta, O Peso e A Medida


Três dias bastaram…

(um, dois, três)

Sem contar com o sábado e o domingo...

(o que faz cinco)

Não quis saber dos avisos…

Deixei-me seduzir…

Foi o que foi…

Esta manhã…

Quando nos vimos…

Já não foi a mesma coisa…

Algo havia mudado…

Envolvemo-nos mas…

Senti-a morna…

Muito diferente…

Será possível?

Aquela reacção?

Em tão pouco tempo?

O resultado está aí…

A prova dos nove...

À vista de todos…





Maldita a hora em que abandonei o meu dia-a-dia frugal! Tapas? Não me falem mais nisso. “De Espanha, nem bom vento nem” emagrecimento. Retomar a natação, três vezes por semana, será a medida imediata. Hoje foi apenas a primeira.




quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Fim da Viagem...

Agora que esta escapadela já terminou (?) é tempo de fazer o balanço. Salamanca é uma cidade hospitaleira com imenso para oferecer a quem a visita, haja tempo (as pesetas já não são necessárias).  

O nosso alojamento situava-se em pleno centro histórico, entre a Plaza Mayor e as Catedrais, o que nos permitiu rentabilizar a estadia.

Imperdíveis foram: "Ieronimos" (exposição documental sobre a história da arte das catedrais de Salamanca); O Arquivo Geral da Guerra Civil Espanhola (onde existe uma Loja Maçónica e objectos da Maçonaria);
a Casa Lis - Museo Art Nouveau Y Art Deco que alberga colecções de arte decorativa (porcelanas, vidros, esmaltes, joias, pintura, bonecas) e a exposição temporária "Ballets Russes"; A Antiga Universidade de Salamanca (destaco aqui o ensino das Línguas);

E, por falar em Línguas, para ver se nos entendemos, 
vou terminar por onde comecei...


"A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse:


“Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.


(Jose Saramago - in "Viagem a Portugal")



terça-feira, 1 de novembro de 2011

Uma, Duas, Três... Mas Há Mais


Salamanca foi declarada Património Mundial da Humanidade em 1998, Cidade Europeia da Cultura em 2002, e estas são razões de sobra para visitá-la.


Fachada principal Universidade de Salamanca
Antiga Biblioteca da Universidade
A "minha" Catedral
Casa Lis
Museo Art Nouveau Y Art Deco
Casa das Conchas

Nós viemos movidos pela simpatia das suas gentes e também por uma certa nostalgia...

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

domingo, 30 de outubro de 2011

A Bica da Felipa


"Mandei dizer ao meu bem
que me viesse cá ver,
não sei o que é que ele tem



Quando recebi o recado
Peguei no cavalo e voei.
Aqui tendes teu amado,
Donzela minha, dizei.


sábado, 29 de outubro de 2011

Uma e Um Quarto...

Considerada por muitos como a melhor hora do dia... esta noite será ainda a dobrar.


 Mas para que isso aconteça, quando forem duas da madrugada, não se esqueçam de...


atrasar 60 minutos os vossos relógios.


Durmam bem mas não abusem...





Solução do Enigma... Com Cheirinho a Pimenta


A máquina de que vos falei não era de calcular mas de fazer espanhóis (Valter Hugo Mãe). Uma viagem de sonho adiada, com cheirinho a pimenta, quem sabe, à Índia (Gonçalo M. Tavares). O filho de mil homens bem podia ter escrito a carta à Mãe (Valter Hugo Mãe). Não era muito difícil… :)


O Amigo Rocha, com aquela chama imensa que lhe vai na alma, “amandou” o pontapé de saída, fortíssimo e acertou em cheio nos autores e em dois livros. A Redonda, e não estou a referir-me à bola, confirmou que o esférico já havia transposto a linha de baliza. Por último, a Lis, craque brasileira, rematou do outro lado do oceano a peça que faltava no puzzle.


Foi uma partida amigável e bem disputada onde não houve vencedor nem vencidos. A todos os que nela participaram, dentro e fora do campo, o meu muito obrigado.



sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Enigma... Com Cheirinho a Pimenta

(Clique na imagem para ampliar)



Dentro deste pequeno saco de papel poderiam estar:

- Uma máquina calculadora, para aferirmos o quanto temos sido espoliados…

- Dois bilhetes de avião, ou de cruzeiro, para aquela viagem de sonho, sempre adiada…

- Uma simples carta, mas sentida, de um filho para sua mãe.


Lamento decepcionar-vos. Lá dentro existem apenas palavras. São três livros, os últimos que comprei mas que ainda não li. Foram escritos por dois jovens autores portugueses, têm um ano de diferença, mas já são muito badalados.

Não vou pedir-vos que revelem o nome deles, seria demasiado fácil, basta que indiquem o título destas obras.

Bom Fim-de-Semana e boas leituras!


(P.S.) Any, estás proibida de participar.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

José Jorge Letria


“Somei livros aos livros e a soma só deu certa porque os sonhos também sabem matemática. Tornei-me adulto à força de querer continuar menino, nos corredores e pátios de luz e penumbra que se cruzam por dentro do som das palavras. Viajei com elas até ao limite da lembrança da infância e levei comigo, que a solidão poucas vezes é boa conselheira, a lealdade e a sabedoria do vento.”

“ Fábula do Vento ou O Sentimento Mágico da Vida”








quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A Poesia... É Assim... Como A Lua?

"A poesia deixa algo em cada leitor: uma sílaba, uma metáfora, um conceito, uma visão do universo. Cada verso é de natural ambíguo, tem duas caras, como certas pessoas que eu conheço, ou cem, ou mil. As palavras não dispõem de apenas uma carteira de identidade; usam várias, como os ladrões ou os contrabandistas. Costumam sair disfarçadas, ou incógnitas, ou fantasiadas como no Carnaval. O demónio da polissemia que habita nelas como uma segunda natureza, torna-as verdadeiros camaleões, que tomam a cor da paisagem ou do instante. São volúveis. Assim, é claro que, antes de variar de leitor para leitor, a Poesia, que se nutre da ineficácia ou da imprecisão das definições que a circundam, varia de poeta para poeta. A cada um exibe uma face particular."

(Ledo Ivo)



terça-feira, 25 de outubro de 2011

Muro das Lamentações - Caldas da Rainha




"Espectadores.
O problema é que vocês não pensam nada.
Pedir-vos para pensar é como pedir a um pardal morto para cantar baixinho.
Perda de tempo."

(Gonçalo M. Tavares – O homem ou é tonto ou é mulher)


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Perspectivas...

No sábado desloquei-me ao Museu Calouste Gulbenkian para visitar a exposição “A Perspectiva das Coisas - A Natureza-Morta na Europa Séculos XIX –XX (1840-1955).  São 93 obras pertencentes a vários museus, englobando 70 artistas, entre os quais destaco Amadeo de Sousa-Cardoso, Le Corbusier, Claude Monet, Henri Matisse, Marcel Duchamp, Maria Helena Vieira da Silva, Pablo Picasso, Paul Cézanne, Paul Gaugin, Pierre-Auguste Renoir, René Margritte e Salvador Dali.

Como não era permitido fotografar essas Naturezas Mortas, quando saí da exposição, fui para o jardim e “disparei” em tudo o que era vivo e mexia . Aparentemente nada escapou. Um borracho,


dois pombinhos,

uma rola,

um abutre...


Mas esta caçada não se ficou por aqui. Prometo voltar brevemente ao local do crime para dar conta de outros estragos, ou se preferirem, para vos mostrar o museu noutra perspe(c)tiva. 


sábado, 22 de outubro de 2011

Isto É Um Assalto!

Para os mais distraídos...


o Orçamento de Estado para 2012 é um Roubo,


um assalto à mão armada.


Nem as crianças escapam.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Deixa-me Rir...



A Nato confirmou o envolvimento de um avião norte-americano, não tripulado, no ataque a Khadafi.

A Aministia Internacional já pediu uma investigação independente.



quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A Menina dos Meus Olhos (e a do Pedro Barroso)


O tempo não engana... 


sinto o Outono à porta...



mas, o que me preocupa é o Inverno...