Aos vinte anos de idade, vá-se lá saber porquê..., imaginava
a “Ilha dos Amores” assim:
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Pinhal de Leiria |
"Ó que famintos beijos na floresta,
E que mimoso choro que soava!
Que afagos tão suaves, que ira honesta,
Que em risinhos alegres se tornava!
O que mais passam na manhã, e na sesta,
Que Vénus com prazeres inflamava,
Melhor é experimentá-lo que julgá-lo,
Mas julgue-o quem não pode experimentá-lo."
in "Os Lusíadas", Canto IX (Luis de Camões)
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(Há coisa de dois meses, encontrei, na Feira de Velharias em
Leiria, a 6ª edição do livro “para compreender Os LUSIADAS”, da autoria da
minha saudosa professora Amélia Pinto Pais. Ao trazê-lo para casa, atrás de um
livro outro livro vem, fui-me à estante e zás, dei comigo a ler essa epopeia. Naquele
tempo, falo por mim, não tinha maturidade para entender o Poema, era uma
tortura das antigas... hoje, "o antigo" e "o Velho do Restelo", sou eu.)