domingo, 4 de setembro de 2011

Mar de Setembro




Tudo era claro:

céu, lábios, areias.
O mar estava perto,
Fremente de espumas.
Corpos ou ondas:
iam, vinham, iam,
dóceis, leves, só
alma e brancura.
Felizes, cantam;
serenos, dormem;
despertos, amam,
exaltam o silêncio.
Tudo era claro,
jovem, alado.
O mar estava perto,
puríssimo, doirado.

(Eugénio de Andrade)


4 comentários:

  1. Ai que este Eugénio de Andrade escrevia tão bem! Mas esse não era o mar do Pedrógão, pois não?

    Beijinhos salgados.

    ResponderEliminar
  2. Carol e Rosa dos Ventos:
    Claro que este lindo mar só podia ser do Pedrógão.
    :)

    ResponderEliminar
  3. É fantástico como capta este mar, cinzento prateado, lindíssimo!!!...De certeza que anda sempre de máquina em punho pronto a registar momentos tão belos como este!!!...
    O ano passado, penso que em outubro, também fotografei o mar com estas tonalidades fabulosas, na praia das Paredes....Acho "UM ENCANTO"...
    Quanto ao Poema é lindíssimo!!!...
    Felicito-o por tantos e tantos poemas Magníficos que transcreve...
    Os meus Parabéns!
    Continue com as suas descobertas que me encantam.
    Abraço helena

    ResponderEliminar