Nunca fui ao Brasil. Apesar de viverem lá familiares, das viagens hoje estarem mais baratas que no passado, de ser “um país tropical abençoado por Deus”, do Carnaval, do Samba, das mulatas e das praias paradisíacas, mesmo assim, eu ainda não fui ao Brasil. Mas o Brasil esteve comigo, nos livros de Jorge Amado, na música da Betânia, do Caetano, do Chico, da Elis, do Vinicius, na telenovela Gabriela, desde sempre, até hoje.
Acabei há instantes de ler “Viva o Povo Brasileiro”, um romance histórico de João Ubaldo Ribeiro, considerada uma das obras mais importantes da literatura brasileira, onde nos é contada de forma bem humorada, irónica e por vezes satírica, “a saga de um povo em busca da sua identidade e afirmação”. Não resisto a colocar aqui um pequeno excerto.
“Mas, explicou o cego, a História não é só essa que está nos livros, até porque muitos dos que escrevem livros mentem mais do que os que contam histórias do Trancoso. (...) toda a História é falsa ou meio falsa e cada geração que chega resolve o que aconteceu antes dela e assim a História dos livros é tão inventada quanto a dos jornais, onde se lê cada peta de arrepiar os cabelos. Poucos livros devem ser confiados, assim como poucas pessoas, é a mesma coisa”.
No final deste livro fiquei com vontade ler outros deste autor e também com a sensação de que hoje o Brasil está, pelo menos para mim, mais perto do que nunca.
Acabei há instantes de ler “Viva o Povo Brasileiro”, um romance histórico de João Ubaldo Ribeiro, considerada uma das obras mais importantes da literatura brasileira, onde nos é contada de forma bem humorada, irónica e por vezes satírica, “a saga de um povo em busca da sua identidade e afirmação”. Não resisto a colocar aqui um pequeno excerto.
“Mas, explicou o cego, a História não é só essa que está nos livros, até porque muitos dos que escrevem livros mentem mais do que os que contam histórias do Trancoso. (...) toda a História é falsa ou meio falsa e cada geração que chega resolve o que aconteceu antes dela e assim a História dos livros é tão inventada quanto a dos jornais, onde se lê cada peta de arrepiar os cabelos. Poucos livros devem ser confiados, assim como poucas pessoas, é a mesma coisa”.
No final deste livro fiquei com vontade ler outros deste autor e também com a sensação de que hoje o Brasil está, pelo menos para mim, mais perto do que nunca.
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