quinta-feira, 2 de julho de 2009

A minha Sogra…

A semana passada cá no burgo foi pródiga de acontecimentos. No campo das letras destaque para José Eduardo Agualusa, que esteve dia 25 na Livraria Arquivo a falar sobre o seu recente livro, Barroco Tropical.

Sempre atenta e vigilante, como as demais, a minha sogra, munida de boas intenções, e isto não é piada nenhuma sobre o inferno, sabendo do meu especial apreço por África e seus derivados, decidiu presentear-me com essa obra. Não contente ainda com tal gesto, entendeu que a mesma deveria ser autografada pelo seu autor, com uma dedicatória especial para o seu querido genro, eu próprio. “Para o Rui Pascoal este Barroco Tropical com parabéns pelo aniversário e a amizade (assina o autor)”.

Até aqui tudo bem dirão vocês, amor de sogra é infinito, absoluto e eterno. Alto aí! Amizade? De quem? Do escritor? Da sogra? Com esta malta nada de fiar pois haverá sempre algo que a razão humana não pode alcançar. Ainda por cima, “a santa”, baralhada quanto ao meu dia de anos, zás, rasurou a data que havia sido escrita pelo punho de artista. Acham que devo perdoar-lhe?!...

6 comentários:

  1. De boas intenções, está o inferno cheio... e eu, "tolinha da silva", convencida, quando dei pelo erro de calendário, decidi "emendar" o que estava feito. Enfim, coisas que nos passam pela mente, julgando que estaria a fazer o certo. Afinal o meu "santo genro" faz a 27 e não a 26!!!! Creio que não esquecerei mais. Desculpa lá essa. Ainda se percebe o "6" por baixo do sete. Que azar!
    Cristina

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  2. Sempre ouvi dizer que errar é humano e perdoar é divino! Errar faz parte da condição humana, não saber perdoar parece efectivamente uma atitude errada, que nos remete para a imperfeição. Saber perdoar corresponde a uma grande evolução como ser humano. Perdoar alivia. Depois já mais descontraido, podes comer-lhe os olhos. Aqui vai a receita:

    Olhos de Sogra

    Ingredientes:

    100 gr de miolo de amêndoa pelada e moída
    1 gema de ovo
    80 gr de açucar
    ameixas secas q.b.
    passas corinto q.b.

    Escolhem-se ameixas secas bem grandes.
    Põem-se numa tigela e deita-se água a ferver.
    Tapa-se a tigela e deixa-se de molho até estarem inchadas.
    Leva-se o açúcar ao lume com um pouco de água e deixa-se ferver até engrossar.
    Deita-se o miolo da amêndoa moída, mexe-se bem e retira-se do lume.
    Junta-se a gema de ovo batida e, leve novamente ao lume para engrossar, mexendo sempre para não pegar.
    Retire do lume e reserve.
    Retiram-se as ameixas da água, enxugam-se num pano, abrem-se de um dos lados, e tiram-se os caroços.
    Ajeitam-se bem para as deixar abertas.
    Enchem-se com bolinhas que se tendem nas palmas das mãos, feita com a massa das amêndoas.
    Vão-se passando por açúcar e, por fim espeta-se no meio uma passa de corinto.
    Deixa-se secar um pouco e dispõem-se num prato de serviço.

    Bom apetite.

    1 beijinho
    GC

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  3. Não conhecia essa receita, mas vou copiá-la e um dia experimentarei confeccioná-la. Realmente, Olhos de Sogra! Nunca tal ouvi. Sempre gostaria de saber de onde vem esse nome! Bem, também há os Brigadeiros! Um dia destes mudarão de nome, porque actualmente já não há a patente de Brigadeiro nas Forças Armadas. Agora são Majores Generais.
    Com esta me vou.
    Cristina

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  4. Esqueci de agradecer a GC que me "defende" das "garras" deste homem que não perdoa nada. E eu a pensar (também penso, de vez em quando) que estava a fazer a coisa certinha...
    Muito obrigada.
    Cristina

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  5. Ora, se lhe deves perdoar?!?! Oh Rui, ñ foi ela responsável pelo aparecimento da tua mais q tudo na tua vida?!?!?!
    ....
    ...
    ..
    .
    e o caminho de ferro aí tão perto, ñ é?!?!?!?
    Ass.:Gaspar

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