sábado, 27 de fevereiro de 2010

A Parábola do Cágado Velho (Pepetela)

Sábado, tarde com chuva e muito vento. Foi óptimo ficar em casa a ler este livro sobre (o amor, a guerra civil em Angola, as tradições e os novos tempos) África.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sabor a Café

Chamem-lhe mania, capricho, teimosia, o que quiserem. Sou de ideias fixas, nem sempre é bom, reconheço. Ao entrar no café, neste ou em qualquer outro, previamente tento ter uma visão geral do conjunto, como o jogador de xadrez que estuda e analisa o lance antes de mover a peça para não ser surpreendido pelo adversário. Há quem lhe chame estratégia, outros, simplesmente um mal, uma lesão, que afecta sobretudo os precoces reformados.

E foi precisamente esta, a mesa onde me encontro, a escolhida. Daqui posso visualizar não só toda a sala, quem entra ou sai, mas também o movimento na rua. Estou como peixinho dentro de água, ou melhor, como ave de rapina a planar lá nas alturas. A verdade é que me sinto a ser levado, arrastado, para longe por fortes correntes, de água, ar, pensamento.

O olhar vivo e interrogativo do casal ao meu lado quando entrei, homens alegres numa discussão animada sobre o desempenho da equipa de futebol ontem à noite, noutra mesa mais distante um grupo de velhos que ri animadamente iludindo mazelas e anos, em frente o balcão com os clientes mais apressados, a empregada com seu sorriso que a todos dá e alegra, os estudantes despreocupados alheados dos livros e das horas, a vistosa e envaidecida que se mira no vidro e nos olha para comprovar seus dotes, as pessoas lá fora que passam rápidas como a vida.

Fosse eu um artista faria um quadro a que chamaria simplesmente, sem mais nem menos, Sabor a Café. O açúcar, esse, fica ao vosso gosto.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Erotismo...

Dei comigo a pensar… será a idade (ou não) que nos apura o paladar e requinta o gosto?

Confesso que já o tentei fazer à luz das velas, mas, apesar da concentração e empenho, o resultado não foi, não é, nem poderá vir a ser o mesmo que feito às claras.

Vou revelar-vos o meu segredo. Normalmente é durante o dia que o faço, me deleito, e obtenho maior prazer. Mas como sempre, a companhia conta e muito. Por isso há que saber escolhê-la bem!

Para os mais distraídos (e só para esses) era de livros que me referia, mais concretamente ao último que li, “Os Cadernos de Dom Rigoberto”, de Mário Vargas Llosa. Sugestão que aqui deixo apenas e só para os que gostam de pintura, desenho, escultura, música, literatura, ou simplesmente de um acepipe bem apaladado (q.b).

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Paixões e Exposições

Decididamente, hoje não era dia de caça. Ao sair de casa pela manhã, alheado do calendário cinegético, parti decidido a matar dois coelhos de uma só cajadada, isto é, alimentar o estômago e também o espírito, por esta ordem, uma vez que de barriga vazia a cultura não me assenta assim tão bem.

Se o cabrito assado era o problema não foi difícil resolvê-lo.Com as continhas feitas e prova dos nove tirada, devidamente aconchegado e mais confiante, apontei mira e disparei rumo às Cortes, mais precisamente à Casa Museu João Soares. Não falhei o tiro nem este me saiu pela culatra.

Chegado lá fui surpreendido com “Recortes de Uma Paixão”, livro do meu pai sobre 50 anos de jornalismo que se encontrava exposto numa das vitrinas. Só depois fui ver as Exposições Korrodi e o restauro do Castelo de Leiria (temporária) e as permanentes, A Crise do Sistema Liberal (1890-1926), Ditadura Militar, Estado Novo e Resistência (19926-1974) e Revolução e Democracia (1974-1996).

Gostei do que vi e recomendo-vos. Prometi voltar.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A Varanda do Frangipani

Acabei de ler de uma assentada mais este romance de Mia Couto, escrito no seu jeito peculiar de inventor de palavras, repleto de prosa poética, rico em reflexões profundas, transbordante de cheiros, crenças e mitos, onde se mesclam e confundem realidade e ficção.

“Toquei a árvore, colhi a flor, aspirei o perfume."

Boas leituras!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Imagem nítida e perfeita...

Hoje saltei da cama que nem uma mola decidido a esticar o dia como se este fosse um elástico ou trampolim e eu, o acrobata que embala ganha altura e desenha piruetas num céu azul e brilhante.

Tolhido nos movimentos há algumas semanas, contemplava as gaivotas, os salpicos das ondas do mar e pensava… a liberdade sabe sempre melhor quando é reconquistada e vem acompanhada de Sol.

A vida é como uma fotografia, um instante breve que se capta ou se perde para sempre. Hoje a imagem está nítida e perfeita. O tempo, esse lá se encarregará de a desfocar...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Espelho meu


A sua definição é extensa. “Qualquer superfície lisa, que reflecte a imagem dos objectos”. Espelhar “tornar liso, polido, cristalino como um espelho. Reflectir-se, rever-se, contemplar com amor”.

É assim que fico sempre que acabo uma tela…

Quando olho, gosto que me devolvam o olhar. Mas, se há coisa que eu não sou é vaidoso!

Ou serei?!...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Gosto muito de ir à escola

Faz hoje precisamente uma semana que regressei aos bancos da escola. Desta vez, e contrariamente à primeira, vim sozinho, sem pasta, sem bibe e não chorei.

Hoje apeteceu-me fazer uma redacção para vós. Aqui vai ela.

Na minha sala de aula há carteiras com computadores e meninos e meninas. E também há o professor que é o mais novinho de todos nós. E eu ainda só sei poucochinho. Mas gosto muito de ir à escola aprender o Photoshop.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

É difícil resistir-lhe...

Aqui estou eu no quentinho do meu lar seduzido pelos braços da preguiça que me envolvem de uma forma tão carinhosa à qual é difícil resistir. Embora ainda sejam só 19h45 o certo é que o meu corpo já acusa bastante cansaço e pede-me tréguas. É o que dá madrugar para ir nadar, depois à tarde lavrar e…

Daqui nada vai haver aula de pintura. Sinceramente já não sei o que deva fazer…

Bolas! Tenho que me ir embora, não me posso atrasar!!!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Natal com cheirinho a Carnaval

Na passada sexta-feira (29 de Dezembro), estava eu a pensar já no Carnaval, recebi um mail a informar-me que o Natal finalmente havia chegado e, mais ainda, que o Pai Natal tinha uma lembrança cá para casa. Não há palavras, esse velho das barbas às vezes troca-nos mesmo as voltas…

Ora a inesperada “Consoada” teve lugar no dia seguinte mas, em vez das tradicionais couves com bacalhau, ou polvo, a ementa pautou-se por umas morcelas de arroz e febras grelhadas, acompanhadas com brócolos da minha lavra, salada de alface, tomate e um arroz de cenoura. Sem as habituais rabanadas e filhós houve no entanto pavé, bolo de chocolate e um enorme sortido de miniaturas, ginjinha caseira, café e o inevitável british tea em honra das ilustres visitas.

Devido ao intenso nevão que se abateu em Dezembro sobre a Grã-Bretanha, o maior dos últimos trinta anos, estes meus amigos ficaram na altura impossibilitados de se deslocar e só agora o puderam fazer.

Imaginem só o que “um pouco” de neve a mais é capaz de fazer…

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Lembrete

"Nós somos o que fazemos. O que não se faz não existe. Portanto, só existimos nos dias em que fazemos. Nos dias em que não fazemos, apenas duramos."

(Padre António Vieira)