domingo, 27 de novembro de 2011

Gonçalo M. Tavares em Leiria

Defendendo o seu espaço individual, sem net ou telemóveis, entre a janela e a cadeira, o escritor prefere a última. Nela se deixa ficar 4 a 5 horas diárias a fazer aquilo que lhe dá prazer. Escrever.


A escrita é uma coisa muito individual, muito orgânica. São traços que ganham sentido. Depois de se libertar das palavras que o atormentam necessita carregar novamente as baterias. Sai para a rua, a cidade fascina-o. Vai observar as pessoas para “lhes roubar”a energia.


De tudo quanto escreveu não possui a chave para a porta, sendo cada um livre de interpretar à sua maneira.



Foi assim, desta forma simples e descontraída, que Gonçalo M. Tavares se apresentou esta tarde na Livraria Arquivo, em Leiria. 

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Palhaços...

Metade do Subsídio de Natal já foi...







Óleo Sobre Tela - "Palhaço"
Rui Pascoal - 2011


Eles não passam de pobres palhaços...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sigamos o Cherne


O O'Neill que me perdoe...

´Sigamos o Cherne - Óleo sobre Tela
Rui Pascoal 2011



Sigamos o cherne, minha Amiga!

Desçamos ao fundo do desejo
Atrás de muito mais que a fantasia
E aceitemos, até, do cherne um beijo,
Senão já com amor, com alegria...

Em cada um de nós circula o cherne,
Quase sempre mentido e olvidado.
Em água silenciosa de passado
Circula o cherne: traído
Peixe recalcado...

Sigamos, pois, o cherne, antes que venha,
Já morto, boiar ao lume de água,
Nos olhos rasos de água,
Quando, mentido o cherne a vida inteira,
Não somos mais que solidão e mágoa...

(Depois de ver o filme "O Mundo do Silêncio>" de Jacques-Yves Costeau)

Alexandre  O'Neill in No Reino da Dinamarca


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Coimbra, Hoje e Sempre, Coimbra...

(Clique nas imagens)


E o mundo não tem metade
Porque nunca está inteiro
O mundo nunca está completo:
Faltam pessoas que nos morreram.




"Sou muito mais poderoso do que os reis porque não sou obrigado a reinar.
Além disso posso dançar em qualquer situação sem parecer ridículo.
E qual é, afinal, o rei que o consegue?
Dançar sem parecer ridículo."




(Textos de Gonçalo M. Tavares)


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

"Sol de Pouca Dura"


Se exceptuarmos o resultado ontem obtido contra a Bósnia, e o consequente apuramento para o Euro 2012,  continuamos na mesma: um País pobrete e nada alegrete”. Um "país por conhecer, por escrever, por ler...  como dizia o Alexandre O'Neill.


terça-feira, 15 de novembro de 2011

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

domingo, 13 de novembro de 2011

"Ser feliz não impede o dia seguinte"

O dia foi passado no sofá. Um livro na mão mantinha nas pernas e a borracha de pelo ronronante aconchegaram-me. Amanhã será outro dia. 

“A Natureza ensina, mas não aprendemos:
O cão doméstico não impede a existência do lobo, um
clima magnífico não proíbe as tempestades,
Ser feliz não impede o dia seguinte.”

“Uma Viagem à India” de Gonçalo M. Tavares


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Exposição de Pintura - "Contos e Lendas" de SÍLVIA PATRÍCIO

Depois de “Essa Paixão Proibida”, baseada na obra de Eça de Queirós - “O Crime do Padre Amaro”, e de “Entre Mundos”, integrada no Entremuralhas – Festival Gótico 2011, Sílvia Patrício volta a expor em Leiria, desta feita “Contos e Lendas”. 



Esta tarde fomos visitar a exposição e cruzámo-nos com a artista que simpaticamente se deixou fotografar.



Ao todo são nove telas, inspiradas em outras tantas histórias, todas elas acompanhadas por faixas sonoras que o visitante poderá ouvir enquanto olha as pinturas. 


Esta exposição poderá ser vista diariamente, entre as 14H30 e as 19H30, na Galeria Ensaios - Largo Cândido dos Reis nº 10 (Junto ao Terreiro) em Leiria (entrada livre).







segunda-feira, 7 de novembro de 2011

É Preciso Também Não Ter Filosofia Nenhuma

Lisboa (Alfama) - Março 2011

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa


domingo, 6 de novembro de 2011

Encontro Feliz... Na Capital do País

(Clicar na imagem)


Foi um encontro feliz

A mãe com sua petiz
Em perfeita bissectriz
Apanhadas por um triz
Na capital do país.


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

As Bolas de Sabão

As Bolas de Sabão - Óleo Sobre Tela
Manet, Edouard / França / 1867
Fundação Calouste Gulbenkian


As bolas de sabão que esta criança
Se entretém a largar de uma palhinha
São translucidamente uma filosofia toda.
Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
Amigas dos olhos como as cousas,
São aquilo que são
Com uma precisão redondinha e aérea,
E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa,
Pretende que elas são mais do que parecem ser.

Algumas mal se vêem no ar lúcido.
São como a brisa que passa e mal toca nas flores
E que só sabemos que passa
Porque qualquer cousa se aligeira em nós
E aceita tudo mais nitidamente.

Alberto Caeiro
Heterónimo de Fernando Pessoa (1888-1935)


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A Conta, O Peso e A Medida


Três dias bastaram…

(um, dois, três)

Sem contar com o sábado e o domingo...

(o que faz cinco)

Não quis saber dos avisos…

Deixei-me seduzir…

Foi o que foi…

Esta manhã…

Quando nos vimos…

Já não foi a mesma coisa…

Algo havia mudado…

Envolvemo-nos mas…

Senti-a morna…

Muito diferente…

Será possível?

Aquela reacção?

Em tão pouco tempo?

O resultado está aí…

A prova dos nove...

À vista de todos…





Maldita a hora em que abandonei o meu dia-a-dia frugal! Tapas? Não me falem mais nisso. “De Espanha, nem bom vento nem” emagrecimento. Retomar a natação, três vezes por semana, será a medida imediata. Hoje foi apenas a primeira.




quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Fim da Viagem...

Agora que esta escapadela já terminou (?) é tempo de fazer o balanço. Salamanca é uma cidade hospitaleira com imenso para oferecer a quem a visita, haja tempo (as pesetas já não são necessárias).  

O nosso alojamento situava-se em pleno centro histórico, entre a Plaza Mayor e as Catedrais, o que nos permitiu rentabilizar a estadia.

Imperdíveis foram: "Ieronimos" (exposição documental sobre a história da arte das catedrais de Salamanca); O Arquivo Geral da Guerra Civil Espanhola (onde existe uma Loja Maçónica e objectos da Maçonaria);
a Casa Lis - Museo Art Nouveau Y Art Deco que alberga colecções de arte decorativa (porcelanas, vidros, esmaltes, joias, pintura, bonecas) e a exposição temporária "Ballets Russes"; A Antiga Universidade de Salamanca (destaco aqui o ensino das Línguas);

E, por falar em Línguas, para ver se nos entendemos, 
vou terminar por onde comecei...


"A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse:


“Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.


(Jose Saramago - in "Viagem a Portugal")



terça-feira, 1 de novembro de 2011

Uma, Duas, Três... Mas Há Mais


Salamanca foi declarada Património Mundial da Humanidade em 1998, Cidade Europeia da Cultura em 2002, e estas são razões de sobra para visitá-la.


Fachada principal Universidade de Salamanca
Antiga Biblioteca da Universidade
A "minha" Catedral
Casa Lis
Museo Art Nouveau Y Art Deco
Casa das Conchas

Nós viemos movidos pela simpatia das suas gentes e também por uma certa nostalgia...