quinta-feira, 26 de julho de 2012

"É Tão Bom, Não Foi?"


Já pouco falta para fazermos o balanço desta mini estadia por terras do Minho. A sensação que sentimos depois de todo este exercício físico não podia ser mais coincidente…


"Taberna" - Jaime Azinheira
 Fundação Bienal de Cerveira

Ainda não estamos propriamente assim, mas para lá caminhamos a passos  largos se  não  arrepiarmos caminho. Amanhã  já  é  dia  de regressar  a casa para aquela vida espartana e  agora só  me ocorre dizer isto: “é tão bom, não foi?”

Bom Fim-de-Semana!

Jackpot - Anda Hoje à Roda (4)


Onde fica a roda?

Situada no noroeste peninsular, Distrito de Viana do Castelo, na margem esquerda do Rio Minho confinando a norte com o concelho de Valença, a Este com o de Paredes de Coura e de Ponte de Lima, a Sul com o Concelho de Caminha e a Oeste com o rio Minho e a vizinha Galiza (Espanha), encontra-se esta lindíssima Vila Minhota, muito famosa pela sua prestigiada Bienal de Artes Plásticas, minhas senhoras e meus senhores, a vossa atenção por favor que a roda vai girar.

A primeira bola a sair do saco foi o “V”(será Valença?), a segunda um “C” (será Caminha?), a terceira e última bola é um “N” (de não). Vamos agora ordenar a chave: “V” de Vila, “N” de Nova e “C” de Cerveira, significa que a roda (escultura de Paulo Neves) está situada em Vila Nova de Cerveira, no Parque do Castelinho. Bastante fácil, não?


Eu sei que fui mauzinho (não consigo ser pior), algumas das dicas em vez de ajudar atrapalhavam, mas… tendo em conta a mais-valia dos participantes não podia facilitar muito. Vejamos: no último post (Roda 3) mostrei-vos os galos de Barcelos, a muralha do forte de Valença, a fronteira (entre ricos e pobres), deixei antever que a solução poderia estar no meio… coloquei a citação de Heródoto, inscrita no Monumento aos Heróis do Ultramar (de Manuel de Sousa Pereira), uma das muitas esculturas que poderão ser vistas por aqui. 


Resta-me agradecer a vossa colaboração e felicitar-vos pela vossa persistência, eu já teria desistido há muito. Para terminar um último pedido, venham até cá. Este país, apesar das muitas maldades de que tem sido alvo, merece ser visto com outra atenção… 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Anda Hoje À Roda (3)

Hoje, em vez de uma foram quatro as rodas a girar, depois do pequeno-almoço pegámos no carro e ala que se faz tarde.

Do que vimos e ouvimos, tachos não faltam por aí.

Se uns ainda têm um "ganda galo",


os outros não param de apertar o cinto.


A fronteira que separa ricos dos pobres já esteve mais longe mas agora parece afastar-se cada vez mais.    No meio poderá estar a solução...


"Na paz os filhos enterram os pais, na guerra os pais enterram os filhos".




(Bem, o desafio mantêm-se. Onde é que fica o local da roda?)


terça-feira, 24 de julho de 2012

Anda Hoje À Roda (2)


Comparada com o último livro que li, “A Insustentável Leveza do Ser”, de Milan Kundera, esta enorme (Roda) escultura em pedra é muito, mas muito mais leve…












Para os que pensam que a minha querida mulher é danada para a brincadeira, vejam só do que a nossa filhota é capaz. Maldades destas não se fazem a um pai, pois não?


P.S.  (O desafio anterior continua no ar. Apesar das dicas que fui deixando nos comentários, até ao momento, ainda ninguém acertou. Aqui vai mais uma preciosa ajuda. Habilitem-se!)


.....

Esta noite estranhei a cama, estava agitado, dormi pouco e levantei-me muito mais cedo do que é habitual. Para fazer horas, até que servissem o pequeno-almoço, peguei na máquina e fui por aí…





Quando voltei senti uma indisposição súbita. O Marco Fortes é que a sabe toda - "de manhã só estou bem na caminha"…


À tarde, recuperei a cor e a alegria, já nem me lembrava disso. “Yo no creo en brujas pero que las hay, las hay”.



segunda-feira, 23 de julho de 2012

Anda Hoje à Roda

Ainda vai a tempo de apostar...













A ideia não é saber quem irá vencer (há muito que me rendi) mas sim tentar adivinhar o local destas fotos. Vão com calma (só dicas) para não me "espantarem a caça". 

:)


sábado, 21 de julho de 2012

Estado Sólido, Líquido, e Feliz


A água na Praia do Pedrógão pode ser gelada mas…


mais quente é esta paixão.

Bom Fim-de-Semana! 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Campeões, Campeões, Até nos Trambolhões...


Já li seguramente mais de três livros, banda desenhada incluída. Possuo o sétimo, o oitavo, o nono, e outros que já perdi a conta, anos de praia. A maior parte deles tirados no Oeste Selvagem (?) onde o mar é mais revolto e gelado, em contraste com as areias das dunas. E se isto é líquido, os meus conhecimentos em Línguas são sólidos. Além do português desenrasco perfeitamente o “emigres” e outras linguagens como a de caserna, 16 meses de Serviço Militar obrigatório sempre deu para aprender alguma coisinha; ou a do dinheiro, que nem sempre fala mais alto, dependendo da estatura de quem ouve. Foram apenas 26 anos a passear pela Banca e o saldo embora seja positivo deixou muita coisa a descoberto. Além disto que já não é pouco e do muito que a imagem não revela também sei pescar. 


Tenho quatro canas na garagem, duas de mar e duas de rio, mais os respetivos apetrechos. Como se isso não bastasse, possuo ainda um conjunto completo de pesca submarina, sem botijas. Apesar do Know-How, incompreensivelmente, ou não, insisto em comprar os robalos.

Pudesse voltar atrás, não queria ter sete vidas como o gato bastava-me apenas duas, desejava ser atleta de alta competição, na modalidade de salto à Vara. Se acham que é pedir muito, pode ser à Relvas…

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Encolhidos, Agachados, Humilhados...



“Então diz-me lá como estamos de deve e haver. O guarda-livros leva a mão ao queixo parecendo que vai entrar em meditação profunda, abre um dos livros como para citar uma decisiva verba, mas emenda ambos os movimentos e contenta-se com dizer, Saiba vossa majestade de que, haver, havemos cada vez menos, e dever, devemos cada vez mais, Já o mês passado me disseste o mesmo, E também o outro mês, e o ano que lá vai, por este andar ainda acabamos por ver o fundo ao saco, majestade, Está longe daqui o fundo dos nossos sacos, um no Brasil, outro na Índia, quando se esgotarem vamos sabê-lo com tão grande atraso que poderemos então dizer, afinal estávamos pobres e não sabíamos, Se vossa majestade me perdoa a o atrevimento, eu ousaria dizer que estamos pobres e sabemos, Mas, graças sejam dadas a Deus, o dinheiro não tem faltado, Pois não, e a minha experiência contabilística lembra-me todos os dias que o pior pobre é aquele a quem o dinheiro não falta, isso se passa em Portugal, que é um saco sem fundo, entra-lhe o dinheiro pela boca e sai-lhe pelo cu, com perdão de vossa majestade, Ah, ah, ah, riu o rei, essa tem muita graça, sim senhor, queres tu dizer na tua que a merda é dinheiro, Não, majestade, é o dinheiro que é merda, e eu estou em muito boa posição para o saber, de cócoras, que é como sempre deve estar quem faz as contas do dinheiro dos outros. Este diálogo é falso, apócrifo, calunioso, e também profundamente imoral, não respeita o trono nem o altar, põe um rei e um tesoureiro a falar como arrieiros em taberna, só faltava que os rodeassem inflamâncias de maritornes, seria um desbocamento completo, porém, isto que se leu é somente a tradução moderna do português de sempre, posto o que disse o rei, A partir de hoje, passas a receber vencimento dobrado para que te não custe tanto fazer força, Beijo as mãos de vossa majestade, respondeu o guarda-livros.”

(José Saramago, in Memorial do Convento, 1982 Editorial Caminho)

Estamos de cócoras, encolhidos e humilhados, i.e., na merda, e nada fazemos para mudar???

sábado, 7 de julho de 2012

Parcerias Público-Privadas


Para onde tem ido o nosso dinheiro...



quarta-feira, 4 de julho de 2012

Relvas Ervas e Patos Bravos

Esta ave palmípede passeava-se num jardim em Cambridge, bem perto da Universidade, quando a fotografei. 



Não trazia consigo quaisquer livros ou sebentas, apenas uma linda plumagem que lhe servia de capa. Pela forma delicada como se movia, dava para ver que não era um pato bravo. Sabia distinguir perfeitamente as pequenas ervas, que debicava com prazer, das outras relvas vulgares, onde apenas defecava.


domingo, 1 de julho de 2012

Quem ama não vê defeitos?

Uns chamam-lhe agreste, outros bravia, fria, rude...





A Praia do Pedrógão não é apenas um extenso areal e um mar revolto, mais do que isso, ela é também  sinónimo de descontracção e reencontro, com outros e comigo.