Vai Ser Um Ano Diferente ?

No meu passeio matinal, ao passar em frente do salão de beleza, topei, como no passado, a zelosa cabeleireira varrendo o lixo para longe da porta, sem o apanhar. Vi, como dantes, aquele carro de marca estacionado em cima do passeio, convidando os peões a invadir a estrada. Mais à frente, mas no local habitual, encontrei o velho pedinte de boina estendida com a sua velha ladainha que já não comove ninguém. Confirmei que um fiel amigo já se havia aliviado, com grande regozijo do seu dono que só não suspendeu a marcha para que o seu cão não se sinta culpado por defecar, na via pública. Os arrumadores, quais polícias de trânsito, não desarmam, fazem questão de que não sintamos a sua falta, a troco de uma moedinha. Avistei um escarro no chão, em frente da loja com as montras em saldo, imagem de marca, deste país onde o Sol teima em brilhar.

Cremosa densa e perfeita, quer no tamanho quer na temperatura, sem alteração de sabor, mesmo pouco açucarada, não me deixou nenhum amargo de boca, foi uma bica bem tirada.

Assim a olho nu, não noto qualquer diferença neste novo ano…