Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo.
Reparem bem em mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés -
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma...
(Fernando Pessoa)
Começa-se a ler e vê-se logo que é Alberto Caeiro heterónimo de Fernando Pessoa, o mestre de todos!
ResponderEliminarGosto muito de toda a poesia pessoana!
Abraço
F. Pessoa sempre igual a si próprio. Belíssimo - como só ele era capaz.
ResponderEliminarMuito boa escolha. Beijinhos
Olá
ResponderEliminarLindo texto de Pessoa.
Sou sua fõ confessa....
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