Foi inaugurada ontem no Instituto Português da Juventude de Leiria uma exposição de pintura, dos alunos da professora Dulce Bernardes, que, bastante orgulhosa pelo desempenho "dos seus meninos" os brindou a todos com rasgados elogios.
Depois das breves palavras da mestre seguiu-se o momento da poesia, José Régio e Fernando Pessoa, declamada de forma muito sentida por Fernando Patrício.
O pequeno José Miguel com o seu violino mostrou-nos que as notas mais harmoniosas não são as do Banco.
Depois destes aperitivos atacámos o prato principal e gostámos tanto que até repetimos.
E você está à espera de quê? Olhe que a exposição termina já no dia 23 de Novembro, depois não se queixe. Vá lá que não se arrepende.
De ano para ano a qualidade das obras expostas é notória, razão de sobra para merecer rasgados elogios por parte de quem já teve a possibilidade de visitar a exposição.
ResponderEliminarSão motivo de orgulho para os seus autores e, porque não dizê-lo, também para a nossa professora.
Homenagem a artistas destacados
ResponderEliminarNum dia de Outono, quase ao Anoitecer
Inaugurou-se a exposição,
Como se fosse hoje a Casa dos Pintores
Na abertura, um bálsamo suave
no louvor incitante da artista, mentora e amiga Dulce Bernardes
de mãos exímias, pincelada decidida, sagaz mirada
nos poemas que o colega declamou
tanto quanto o violinista encantou,
em pano de fundo, A Flautista sem rumor nem zumbido,
surpreendeu pelo mutismo, o que não é habitualmente na Margarida.
……
e se a passarada debandava?
Máscaras fora de cena,
ausente o actor principal,
Carlos, vamos começar
…..
desnude-se o artesão
mostre-se a arte, sem pruridos nem subterfúgios
que a corrompam
A diversidade de Contrastes
(não só Cópia como as minhas), há o jeito, o toque e o gesto singular
a exemplo, o que o Luís recriou e tantos tantos outros ….
o abstracto, o figurativo, o realista
Uma, duas, três ….. sete Paisagens
Com alfazema e outros tons, cheiros quanto baste
a Cremilde transferiu da paleta, surto de aragem tonificante
mancha florida à beira rio, amena quietação
que a Lurdes elegeu para se reconstruir e alentar
Flor, Flores e Frutas
Limão verde, Maçãs matizadas, Morango e Moranguito
sabores apetecidos …doce e acre Alice no país das suas maravilhas
amores e amantes sem título nO luar
Num só em Um envolvimento que a Nathalie concede
aos gatos, aos humanos, a cada um de nós, serenamente,
sem sombra de Nuvem passageira, no semblante
ou na alma desertora do Rui de ruim visão, daltónica, quanto sei
dentro ou fora, Na tua ou na minha sala,
já não espero nem desespero… apenas me apetece morder com raiva, Céline!
para brevemente ficar pronta para O Renascer
e poder aspirar sem temor, mágoa e contrição
a proposta de brandura da Mª Ascenso,
em alternativa com a azul cidade gémea
Retrato de família, repetida a infância,
avô F. Patrício, em azáfama cooperativa,
um bom mote para o poema, o desejo, o sonho
os locais que nos rodeiam, as memórias, os ícones e a lonjura
……………...
……………..
Voando ou Velejando, nem sei bem
ancorados e escorados viajaremos de qualquer modo
capitaneados pela Odete, com sensatez e tolerância
Barcos ao largo, Barcos com rumo
nO meu mar, barcos esmaecidos,
baloiçados no rumorejo das vagas,
sortilégio no langor do violino
e no olhar enlevado da Sílvia, mãe babada
rumámos ao Funchal, a ver o Fontanário da Rua das Cruzes,
de azul real, pedraria ao pormenor, a clorofila a transparecer
a mão do Arnaldo a transmutar cada recanto em monumento
esticámo-nos aos Açores
fruímos a Vista aérea das Ilhas das Flores
não descemos,
espreitámos o Pico, a Madalena,
do lado do Faial, sobrevoando em contemplação
Estes míseros (de crise tão badalada) filhos de Adão e Eva
ilusão até aqui Eternamente adiada,
afagaram indelevelmente
numa Mística, fascinante
a África feiticeira
Escrava e rainha
esta África minha
……
uma passada asiática em forma de mulher transtornada
uma rainha, talvez Isabel, de anseio e agitação adornada
……
Cores e letras, duplamente encantatório
Parabéns aos artistas pintores e à também poetisa !
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