Pesca Artesanal

"Mar, metade da minha alma é feita de maresia..." 

Sophia de Mello Breyner Andresen

Bom fim de semana!

Figos

São os primeiros deste ano, são servidos?

A maneira correcta de comer um figo à mesa

É parti-lo em quatro, pegando no pedúnculo,

E abri-lo para dele fazer uma flor de mel, brilhante, rósea, húmida, desabrochada em quatro espessas pétalas.

Depois põe-se de lado a casca

Que é como um cálice quadrissépalo,

E colhe-se a flor com os lábios.

Mas a maneira vulgar

É pôr a boca na fenda, e de um sorvo só aspirar toda a carne.

Cada fruta tem o seu segredo.

O figo é uma fruta muito secreta.

Quando se vê como desponta direito, sente-se logo que é simbólico:

Parece masculino.

Mas quando se conhece melhor, pensa-se como os romanos que é uma fruta feminina.

Os italianos apelidam de figo os órgãos sexuais da fêmea:

A fenda, o yoni,

Magnífica via húmida que conduz ao centro.

Enredada,

Inflectida,

Florescendo toda para dentro com suas fibras matriciais;

Com um orifício apenas.

...

(D. H. Lawrence)

Confiança

Óleo sobre Tela 50x70cm
"Confiança"
Rui Pascoal - 2013

"Nunca tive os olhos tão claros e o sorriso em tanta loucura. Sinto-me toda igual às árvores: solitária, perfeita e pura."

Cecília Meireles

Delicious Tomato

Uns nunca os tiveram e outros nunca os chegarão a ter, não é por enquanto o meu caso que os vou tendo não só em quantidade como em qualidade variedade e tamanho. Chucha, coração de boi, maçã, cereja e estes (ingleses) laranja (*) que são ótimos para fazer doce.

Há três anos ofereceram um “british tomato” à minha “patroa” e eu achei por bem guardar-lhe as sementes. De então para cá, “Oh my God!”, tem sido comer e chorar por mais. 

Para que possam comprovar o que acabo de dizer ofereço-vos de bom grado e livre de portes, 

estas sementinhas já que o doce feito por mim, “I need somebody help”, não chega para as encomendas. Sei bem que sou um mãos largas… quanto a isso não há nada a fazer.

Bom fim-de-semana! 

(*) não têm nada a ver com "os outros" laranjas, estes são de confiança.

Insetos...

Existem aos milhões divididos por espécies, muitas delas ainda por catalogar, e podem ser encontrados em todos os ecossistemas. Os entomologistas consideram-no o grupo de animais mais diversificado existente na Terra. 

Libelinhas, gafanhotos, moscas, 

Exposição de Arte de Alunos da Escola Secundária Domingos Sequeira
Edifício do Banco de Portugal em Leiria até 21.09.2013

percevejos, besouros, formigas, centopeias, aranhas… são insetos e eu detesto-os. Abro uma exceção para as vespas... este verão deixei-me ferrar por uma. 

Bem sei que ela não é como a do António Zambujo... mas  é a minha lambreta.  Quem quer dar uma voltinha?  :)

Guardado Está o Bocado...

Quando o meu banco me convidou para a reforma as condições não eram más e eu aceitei. Seis anos e meio depois, com um “brutal aumento de impostos”, novecentos euros líquidos a menos por mês ao que então ficou acordado, ainda não me arrependi.

Junto ao castelo de Bragança em 23.05.2013

Quero acreditar que “guardado está o bocado para quem o há-de comer", i.e., se, até lá, ainda houver dentes...

Profecia

Uma das vantagens da “minha” praia estar perto de casa é esta: quando não dá para ir ao mar… vai-se à terra.  

Tem sido assim e assim será... até um dia.

Tenho dito.

Nas Malhas da Poesia

(ampliar foto)

Teia de Aranha
 Praia do Pedrógão, 11.08.2013

“Sou tecedora de sonhos!

Teço emoções, com gotas de orvalho...”

Dayse Sene

A gosto :)

(Foto tirada pela filhota)

"O homem persegue a mulher até que ela o apanhe."

Helen Rowland  

Olha As Marcas Deste Rosto...

Escultura "Retrato da Avó"
Joaquim Correia (feita aos 16 anos)

Meu querido mês de Agosto

Olha as marcas deste rosto

E não me dês outro desgosto

Já basta ter o Pedro e o Paulo… a contragosto

Dizem uma coisa e fazem o oposto

São bem piores do que é suposto

Tão fracas uvas… tão reles mosto

Meu querido mês de Agosto

Leva em conta o aqui exposto

E não me dês outro desgosto.

(Rui Pascoal - Agosto 2013)

Marinha Grande Num Verão Pouco Quente...

Hoje pelas bandas do Pedrógão não se afigurava um bom dia de praia, nada de estranhar (vento, sol entre nuvens e fraco, bandeira vermelha), o contrário sim, mas isso raramente acontece, o que é uma pena. As lamúrias até podem mover os santos… mas não a meteorologia. Vai daí aproveitámos a onda, ou a maré de azar, para surfar até à Marinha Grande.

Homenagem ao Movimento Operário - Marinha Grande

Chegados ao Museu do Vidro fomos aconselhados (e bem) por questão de horário a visitar primeiramente o Museu Joaquim Correia. Aceitámos e não nos arrependemos.

Orfeu e a minha "Euridice"

Sem legenda...

Pavilhão de Exposição de Esculturas

Só depois do almoço e de passar pelos parques da cidade e da remodelada Biblioteca Municipal (de fazer inveja à de Leiria, onde há muito deixou de haver dinheiro para jornais, revistas…), é que fomos ao que viemos.

Se à partida a ideia era matar dois coelhos de uma cajadada (Museu do Vidro e a Exposição Hermafroditas com Pedras, na Galeria Municipal),

Exposição Hermafroditas com Pedras
Clotilde Fava / Abílio Febra

no final os despojos revelaram-se muito maiores do que a expectativa. Atenção: isto não é nenhum exagero de caçador ou pescador… que fique bem claro!

(Lamentavelmente não foi possível obter fotos do Museu do Vidro… mas podem ver algumas aqui.)

Astuto

Óleo sobre Tela - 60x80cm
"Astuto"
Rui Pascoal - 2013

“Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui? Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.“

(Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll)