INVICTO!!!

Uns são deste, outros daquele, eu sou do Sporting.

A cor dos meus olhos e do meu clube herdei-a do meu pai e avô paterno. Hereditariedade?

Em miúdo havia em casa do meu avô um rádio de válvulas, tapado com uma cortina, donde se ouviam as notícias e aos domingos os relatos de futebol. Ao seu lado estava um boneco de barro, com calções pretos e camisola às riscas verdes e brancas, que segurava nas mãos um pendão com o emblema do nosso clube. Tinha também um pequeno cordel que quando se puxava fazia levantar o estandarte ficando à mostra “o mastro” da bandeira. E eu ria-me que nem um perdido… como hoje me rio dos 5-0 do Bayern de Munique…

O meu lema é: nunca, por nunca, perder! Quando a minha equipa ganha – GANHÁMOS! Quando ela perde – PERDERAM! Eu e só eu continuo INVICTO!!!

O Derby

Contrariando as expectativas iniciais o Sporting Clube de Portugal venceu, com todo o mérito, o seu eterno rival.

Nesta hora difícil que todos os “lampiões” atravessam quero deixar-lhes uma palavra de conforto e, mais que isso, fazer-lhes sentir que não é vergonha alguma perder com tão grande, distinto e notável adversário.

Aceitem as minhas sinceras e cordiais saudações leoninas.

Carnival of Venice

Não há amor como o primeiro!

O meu primeiro amor tinha (e tem) nome de deusa e isso já me fazia sentir, para além das nuvens do céu, no paraíso.

Sem ser luxuosa ou exibicionista, era bem parecida, atraía-me com suas linhas redondas e curvas perfeitas. De temperamento calmo, se a embalava, também cometia pequenas loucuras. Várias foram as vezes que ultrapassámos as barreiras, os limites… Éramos jovens e se isso não era então uma atenuante hoje é uma espécie de consolo.

Passados que são quase trinta anos, como a vejo? Como é que ela me vê? Praticamente na mesma, sem rugas, engelhas ou grandes mazelas à vista, porque razão a sinto diferente? Terei sido eu que perdi o brilho, ou, foi por ter conhecido ao longo destes tempos outras mais atraentes? Reconheço que já pouco lhe ligo mas, haja o que houver, uma coisa nunca mudará.

Não há amor como o primeiro! aqui.

Feitiço

À medida que o tempo se aproxima a ansiedade aumenta, até pareço um puto. O certo é que não vejo a hora de me encontrar com a “minha negra”. Essa mulata, cor de chocolate, de olhos verdes e peito generoso, que me enfeitiçou com suas cores garridas e vistosas, que me aguarda pacata à sua janela.

Acreditem que tudo farei para a trazer para casa o mais breve possível, mas, de momento não posso nem o devo fazer. Primeiro há que resolver certos assuntos…

Uma coisa vos prometo se “houver avanços” darei notícias. Palavra de pintor!

Quadro Mágico, Vivo, Mutante

Ando a pintar uma tela que já nem sei bem ao certo quando a comecei e, para ser franco, não tenho pressa alguma em terminá-la. Com isto não quero dizer que não goste dela ou a despreze, bem pelo contrário, só o facto de saber que antes de mim outros mais experientes a matizaram, é motivo de respeito, consideração e apreço.

Trata-se de um quadro mágico, onde não são necessários cavalete óleos ou pincéis, de uma pintura viva e mutante que nunca conhecerá moldura ou parede, com tons terra sombra queimada e alguns verdes por agora, mas, em breve completamente colorido.

Como a Vida, que de ano para ano se renova, recomeça e repete, assim é o meu quintal, a minha tela…

Pintar "versus" Contemplar

Até hoje ainda não descobri se o que mais gosto de fazer é pintar um quadro, ou, uma vez acabado, pendurá-lo na parede e ficar a contemplá-lo. Uma coisa já sei, nada será como antes!

Unidos na distância

Ontem, aproveitando o bonito dia de Inverno e com o coração em África, fomos até ao Pedrógão passar o fim de semana.

À noite a lareira, agora com novo visual, acendeu-se. Vimos um filme com a Meryl Streep, o Philip Seymour Hoffman e a Amy Adams.

Dúvida? Não. A tradição cumpriu-se!

Dia dos namorados

Hoje (*) celebra-se o dia dos namorados, ou por outras palavras, o Dia de São Valentim.

Reza a história que certo imperador (Cláudio II), com vista a formar um grande exército, havia proibido os casamentos por julgar que seria mais fácil o alistamento dos jovens. Já então, como agora (?), o amor era mais forte que a lei e, parte da Igreja estava ao lado dos mais fracos (???!!!...). Vai daí, um tal Bispo romano de nome Valentim contrariando a ordem soberana, continuava, idilicamente e em segredo, a celebrar os enlaces…

Apesar das comunicações não serem o que hoje são, bufos e delatores sempre houve e haverá, a coisa veio a saber-se e o nosso valente prelado foi condenado à morte, mais concretamente, decapitado.

O amor tem destas coisas, atracção, sedução, enlevo, afeição, paixão, santos e pecadores. Às vezes faz-nos até perder a cabeça…

(*) No Brasil é celebrado em 12 de Junho véspera do nosso Stº António (cara você vai ter que esperar)

A Vida é uma Viagem

Um dos grandes privilégios que esta minha vida de reformado me concede, e que não tem preço, é a liberdade. Em contraste com os tempos espartanos austeros e rigorosos de ritmos infernais, agora cultivo dia a dia a pacatez e paz de espírito. Mais que nunca tenho, presentemente, tempo para pensar, reflectir, ler.

O livro que neste momento me acompanha é “O Outro Pé da Sereia” de Mia Couto, dele transcrevo este pequeno trecho. “A viagem não começa quando se percorrem distâncias, mas quando se atravessam as nossas fronteiras interiores”.

Atingida que foi a velocidade cruzeiro e abolidas já algumas fronteiras, a viagem torna-se mais célere. Não tarda que aviste a outra margem…

Perceptível, sensível, impressionável

Agora, que o céu volta a ser azul e o sol ainda que fraco nos torna os dias mais alegres e coloridos, sentimo-nos como as árvores, com raízes ocultas e ramos com flores ainda em botão, a renascer.

Slumdog Millionaire (Quem quer ser bilionário?)

Um verdadeiro trilema, uma situação embaraçosa, cuja saída se afigurava difícil e penosa qualquer que ela fosse.

De um lado as telas e os pincéis a desafiar-me, doutro um livro de Mia Couto a convidar-me e, como não há duas sem três, ainda havia um DVD para ver...

Optei pela última hipótese, o filme "Slumdog Millionaire", uma espécie de Quem Quer Ser Milionário numa versão indiana deste concurso, que tem vindo a arrebatar diversos prémios e que desde já vos recomendo.

Não há palavras, é óptimo!

Quando chego lá a primeira coisa que faço é despir-me. Depois, sabendo antecipadamente ao que vou, protejo-me. Com vista a um óptimo desempenho e antes ainda de qualquer contacto, certifico-me que o material está bem justo e estanque. Só então, após este breve ritual, estes preliminares, a encaro, analiso e considero.

Está linda, serena e quanto me atrai. Para melhor a sentir, entro-lhe lentamente e logo um calafrio me percorre todo o corpo. Esta sensação, que me excita, faz com que a penetre bem fundo. Depois alivio a tensão, descontraio e relaxo.

É sempre assim quando vou à piscina. Não há palavras. É óptimo!

"Passar as passas dos Algarves"

Os nossos queixumes não são de agora mas de sempre. Na escola, porque merecíamos melhor nota, no emprego, quando a promoção ia para outros, nos jogos porque o árbitro, prejudica a nossa equipa, da sogra, porque é sogra, do gato porque é falso, do cão, demasiado servil, da galinha da vizinha…, sei lá, tanta e tanta coisa nos ressentimos.

Ultimamente as nossas queixas viraram-se para o tempo, para a chuva que não pára, e para o frio. Se ao menos aqui nevasse…

A neve coloca em tudo uma beleza indiscutível, visível a olho nu. Mas, como não há bela sem senão, acarreta igualmente grandes transtornos a quem com ela “convive”.

Esta foto foi enviada por amigos que vivem no Reino Unido (escolas fechadas, aeroportos meio parados, sistema ferroviário com problemas e grandes atrasos, estradas com enormes engarrafamentos, camiões presos, devido a condições meteorológicas severas). Se a tudo isto ainda acrescentarmos, que a libra se desvalorizou 23% face ao euro, no ano passado, não sei se será correcto dizer que, agora na Inglaterra, “estão a passar as passas dos algarves”?!...