Para muitos a sopa associa-se a pessoas de baixos recursos e é sinónimo de pobreza. Outros, ricos e opulentos mas pobres de espírito, afastam-na dos seus manjares. Segundo os entendidos, dado o seu baixo valor calórico e a sua riqueza natural, deveria ser obrigatório o seu consumo às refeições. Como já somos todos “grandes”, sabemos comer pela nossa mão, deixo ao vosso critério. Para os interessados aqui fica a minha receita.
Pegue-se num tacho, panela, caçarola, o que quiser, junte um pouco de água e reserve…
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Em Setembro/Outubro, com uma enxada, rasa ou de pontas, cave o seu torrão. Dê-lhe depois uma fresagem e por fim derreta a terra. Está pronta a semear, alfaces, coentros, nabos, ou a plantar, alhos, couves. Estrume-a com os restos de hortaliças e cascas de fruta que foi amontoando lá ao canto no quintal. Não se esqueça mais tarde de sachar para que o ar e o calor cheguem às raízes. Mantenha a terra húmida. Entretanto, não fique aí especado. Pegue num livro, vá à piscina, fale com os amigos, mexa-se!
Já passou algum tempo, colha agora e agradeça o que a terra lhe dá. Se o algodão não engana, o que dizer da Natureza?
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Batatas, cebolas, cenouras, nabos, alhos, abóbora, couve, salsa, coentros, hortelã, tudo para dentro do recipiente. Não é obrigatório usar estes alimentos todos desta vez, pode ir variando noutras ocasiões. Acenda o lume ou gás, ligue o fogão ou placa, o que for. O que se pretende é cozer tudo muito bem. Passe depois com a varinha. Junte uns rebentos de soja, uns bagos de arroz. No fim o azeite. Pensavam que me tinha esquecido do sal, enganaram-se. Ponham-no agora, mas pouco!
Muito Bom! Muito Bom!