Perfilados de medo, agradecemos
o medo que nos salva da loucura.
Decisão e coragem valem menos
E a vida sem viver é mais segura.
Aventureiros já sem aventura,
perfilados de medo combatemos
irónicos fantasmas à procura
do que não fomos, do que não seremos.
Perfilados de medo, sem mais voz,
o coração nos dentes oprimido,
os loucos, os fantasmas somos nós.
Rebanho pelo medo perseguido,
já vivemos tão juntos e tão sós
que da vida perdemos o sentido
Alexandre O’Neil
Um pouquinho pessimista...
ResponderEliminarAbraço
Rui,
ResponderEliminarO medo é um sentimento que nos inibe de ir mais além. No entanto, ele é como se fosse uma segunda defesa...senão iríamos até onde?
Será bom ter medo ou não?
Será que o medo é próprio dos "fracos"?
Obigada pelas suas palavras sempre lindas!
Bjis
O medo é filho da ignorância...
ResponderEliminarSe é para o período de reflexão: gostei da indirecta:)
Calma! Isto foi no tempo da ditadura! Por muito que alguns queiram, não há comparação possível!
ResponderEliminarO tempo vai passando e quando descobrimos que somos mais fortes do que aquilo que imaginávamos... vamos ficando com menos medo... dos medos ;)
ResponderEliminarBjos
Vejo neste soneto, que foi escrito no tempo da ditadura Salazarista, uma sátira a Portugal e aos portugueses.
ResponderEliminarA ideia não era comparar os momentos actuais com o “antigamente” mas apenas reflectir sobre quem fomos no passado, quem somos hoje e como queremos ser Amanhã (?).
Sem os vossos comentários o blogue era sensaborão. Muito obrigado!
:)
Tinta do Alexandre
ResponderEliminarCom Pinta de O´Neil
é Tinta com pinta
sob a forma de poema
Haja alguém que o sinta
como um oportuno tema
Rogério,
ResponderEliminarEnquanto sentirmos a poesia… o sonho será possível.
:)
Irónico, ultrapassado ou actualíssimo? Este soneto traz todas as interrogações possíveis às nossas (in)consciências...
ResponderEliminarBom fim de semana
Abraço