Não me peçam razões, que não as tenho,
Ou darei quantas queiram: bem sabemos
Que razões são palavras, todas nascem
Da mansa hipocrisia que aprendemos.
Nâo me peçam razões por que se entenda
A força da maré que me enche o peito,
Este estar mal no mundo e nesta lei;
Não fiz a lei e o mundo não aceito.
Não me peçam razões, ou que as desculpe,
Deste modo de amar e destruir;
Quando a noite é de mais é que amanhece
A cor de primavera que há-de vir.
José Saramago
Razões para quê? Para não votar no Cavaco?....
ResponderEliminarAMANHÃ... A palavra que o coração de pintou de verde.
ResponderEliminarMas como posso eu falar do arco-íris a quem possui uma paleta de cores e o engenho e a arte de as combinar?!
Olá amigo Rui...Um poema instigante este que nos apresenta...Muito bom! Sabes que gosto de brincar com as palavras e resolvi deixar lhe um....Abraços!!!
ResponderEliminarRazões perdidas
Perdi-as faz tempo,
Nem sei mais onde procurar.
Vivo da ilusão do momento,
Mas pego-as de volta quando achar.
Talvez tenha me descuidado,
Com essa capacidade de concluir.
Será que a esqueci no passado?
Ou a fiz deixar de existir.
Bem sei que dela às vezes preciso,
Mas a emoção tomou conta de mim.
Invadiu-me sem nenhum aviso,
E a razão por hora teve fim...
Lucia Liz