segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Que "ganda galo"!


O meu despertador falhou-me e eu estranhei. Logo hoje, uma segunda-feira. Que raio de coisa! Não foi falta de corda, ele não precisa que lha dêem, a luz não faltou, eu próprio o havia confirmado ontem com os meus próprios olhos, tudo em ordem.


Esta manhã estava eu ainda a preparar o meu pequeno-almoço, um pouco mais tarde que o habitual, quando a minha empregada, ansiosa para me dar os seus bons dias e contar as novidades, irrompeu pela cozinha num enorme alvoroço. - Ai Sr. Rui, eu até estou incomodada! Veja só o que eu encontrei lá em baixo… (blá-blá-blá).

Para encurtar conversa e desviar o tema perguntei-lhe se era servida. Creio não ter sido ouvido ou então fui eu que não retive a resposta. Novamente a sós com o leite pão queijo e marmelada, mas agora sem grande apetite, cismava…

Como vai ser agora a vida das suas fiéis e devotas companheiras, sentirão a sua falta? Livres do seu arrastar de asa e das suas investidas frequentes passarão a pôr mais ovos? A única coisa que vos posso dizer é que o dono da capoeira teve uma vida em cheio. Era lustroso e robusto, aquilo que na gíria se diz um “ganda galo”. Morreu hoje, quando nada o fazia prever, de morte súbita.

Despeço-me com a certeza de que amanhã outro galo cantará, mas não será no meu quintal.

4 comentários:

  1. Coitado! Do galo, naturalmente! Será que terá dado em galo de cabidela?
    Não se faz!

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  2. Antes tivesse dado... morreu de morte natural, não lhe pudemos ferrar dente. Que grande maldade que ele nos fez!

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  3. Como é que não havia de morrer?! Com tanta galinha... não há galo que aguente.Foi-se!!!

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