Em Junho de 1947, precisamente um decénio antes do meu nascimento, Miguel Torga escrevia em Coimbra estes versos que eu viria a conhecer muitos anos depois.
BUCÓLICA
A tarde, doce como um fruto, cai,
De madura, no chão.
Venha alguém apanhar a Vida!
Ou já não há quem saiba desejar
A maçã proibida?
Os livros, como os homens, fechados pouco revelam. Abri-los sem pressa, folheá-los, ler-lhes a alma e desvendar o que ocultam não está ao alcance de todos, como a poesia. Antes de a tentar entender é necessário senti-la.
Feliz Aniversário, Graça Pires!
Há 19 horas
"Pensar incomoda como andar à chuva
ResponderEliminarQuando o vento cresce e parece que chove mais."
— Alberto Caeiro
Estava a ver que este blog tinha sido esquecido...
Teresa
O que será a maçã proibida? a tarde que cai ou a noite que se lhe segue?!
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