Infante D. Henrique - Lagos |
Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
(Miguel Torga)
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
(Miguel Torga)
Aventureiro este povo: o que importa é partir... como o poeta conhecia bem o nosso caráter global!
ResponderEliminarBoa escolha!
Beijinho.
Somos uma jangada de pedra!
ResponderEliminarComo eu gosto de Miguel Torga!
Abraço
Partir. Sim. Mas também gosto de regressar. :)
ResponderEliminarUm bonito poema.
ResponderEliminarMarinheiro que desanime poderá colocar todo o seu empreendimento em risco. O mar exige marinheiros audazes e confiantes.
Essa estátua é-me muito familiar...:-)
xx
Sem velhos do Restelo à mistura
ResponderEliminarAquele abraço, votos de bfds
ResponderEliminarPerspectiva fantástica esta, da foto do Infante...
Louvo a coragem de quem parte... virando costas a tudo de seu e abraçando o desconhecido.
Também Torga experimentou essa coragem.
Felizmente regressou.
Beijinhos que parte rumo ao sul
(^^)
Poema lindo Rui
ResponderEliminarMiguel Torga sempre acerta,
_ só que nas minhas aventuras importa muito partir chegar ver e voltar ... rs
abraços e bom fim de semana