Molhada madrugada
Dou as boas vindas a esta
sexta-feira, molhada madrugada. Na vidraça está um araneídeo envolvido na sua
teia e dele pendem minúsculos diamantes que se foram formando com as gotículas
da chuva, ah que belo cenário! Apesar de ambos estarmos protegidos (ele fora,
eu dentro) apercebe-se da minha presença, finto-o e ele fixa-me, medindo-me
como uma presa apetecível. O tempo permite-me este olhar atento e da minha
janela fico a pensar que também nós tecemos teias, apenas para nos
embaralharmos nelas.
In “Semeando Palavras,
Colhendo Contos” de Irene Lopes.
Bom fim de semana!