quarta-feira, 24 de abril de 2013

Mercados (9)

Óleo sobre Tela 60x80cm
"Abóbora Menina"
Rui Pascoal - 2013


“A abóbora menina”

Tão gentil de distante, tão macia aos olhos
vacuda, gordinha,
de segredos bem escondidos
estende-se à distância
procurando ser terra
quem sabe possa
acontecer o milagre:
folhinhas verdes
flor amarela
ventre redondo
depois é só esperar
nela desaguam todos os rapazes

(Paula Tavares)

42 comentários:

  1. Marta:
    Como assim... gordinha?
    :)

    A ideia não é ofender mas levantar a moral. Bom feriado uma vez mais.

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  2. Que bela abóbora, Rui!
    Gosto da relação que faz entre a escrita e a pintura. Estranho, as últimas palavras de Paula Tavares fizeram-me lembrar "Geni e o Zepelim" de Chico Buarque.....;-)

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  3. Desconhecia o poema, que tão bem casa com o quadro.

    Bom serão

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  4. Laura Santos:
    Assisti por duas vezes à "Ópera do Malandro" do Chico Buarque de Holanda. Adoro a sua escrita e música.

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  5. São:
    O casamento é como no tango, requer muito jogo de cintura.
    :)

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  6. A menina e a abóbora...menina! :-))
    Uma boa junção, poema e tela!

    Abraço

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  7. Parece que conheço esta menina...A abóbora, não. Mais um bom trabalho. Parabéns!

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  8. como é que uma planta que parece uma serpentina em ponto grande dá uns frutos destes...
    Bom trabalho

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  9. Linda tela,
    Belíssima abóbora e pelo olhar da menina tem ótimos planos com o fruto, será um doce???

    Beijos
    Joelma

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  10. Interessante...
    A tela e o poema da abóbora.

    Quanto ao espaço juntos na Lis.
    Quem diria Rui?
    :)


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  11. O paralelismo estabelecido entre a menina e a abóbora não me é muito simpático, digamos assim, neste poema.

    Um beijo

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  12. Que sorte, Rui; assistir por duas vezes à "Ópera do Malandro"! Eu, nunca assisti, e como adoro Chico Buarque!

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  13. Rosa dos Ventos:
    Admito que possa haver quem não goste.
    :)
    Cordiais saudações.

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  14. Silva Rocha:
    E as pevides não lhe sugerem nada? Nem uma loura… bem fresquinha?
    :)
    Obrigado pelo incentivo.

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  15. Ateliê Tribo de Judá:
    Se é doce não sei… mas que já lhe levaram uma bela fatia, lá isso já.
    :)

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  16. Aleatoriamente:
    Que mais "lhes" irá acontecer? Não percam os próximos capítulos.
    :)
    Beijinhos!

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  17. Lídia Borges:
    Admito que posso haver várias leituras eu partilho esta:
    (Na visão de mundo da cultura banto, base da cultura angolana, todos os seres
    vivos e elementos da natureza têm em comum uma energia vital que os torna
    semelhantes, devendo serem igualmente respeitados. No poema acima, percebemos
    que há uma comunhão da poeta com esta visão de mundo ao personificar essa
    ‘abóbora” que é uma menina que pretende ser mulher “procurando ser terra”.
    Paula Tavares, mais uma vez dialoga com as gerações anteriores, ao trazer para
    a cena poética a temática da fertilidade, mediante a simbologia desse fruto_ Segundo
    Chevalier e Gheerbrant), a abóbora é “fonte de vida ... símbolo da regeneração
    ... abundância e fecundidade” _ e a dicotomia estabelecida em sua descrição: “macia”,
    “vacuda”,“gordinha” que conota, inicialmente, as formas femininas, vai atingindo,
    num crescendo, conotações do amadurecimento erótico feminino, até o seu ápice: “nela
    deságuam todos os rapazes”).
    In, O EROTISMO E AS REPRESENTAÇÕES DO FEMININO EM “RITOS DE PASSAGEM”, DE PAULA TAVARES
    Interdisciplinar Ano 5, v. 10, jan-jun de 2010 – ISSN 1980-8879 | p. 133-144
    Mailza Rodrigues Toledo e Souza)

    Cordiais saudações.

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  18. Laura Santos:
    Uma delas foi no Porto e outra em Lisboa mas nunca assisti a um concerto do Chico Buarque ao vivo
    :(
    agora na Net…

    http://www.youtube.com/watch?v=y7awqu7z7Zw

    ou este

    http://www.youtube.com/watch?v=ZoEp8m3_dQE

    Quem é amigo, quem é?
    :)

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  19. Cada tela mais surpreendente e bonita que a anterior ( se isso é possível),
    sou suspeita porque amo tudo que faz ... com as tintas !rs
    o poema da Paula Tavares passa bem o lúdico que a abóbora representa para a gurizada nas historinhas infantis_ assim redondinha... eu gostei também,
    _então voce não aceita encomendas não é? os artistas geralmente são temperamentais rs só trabalham quando querem...sem pressão!
    rs
    abraços Rui

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  20. Uma Rapariga Simples:
    E são tantos os benefícios da abóbora…
    :)

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  21. Lis:
    A razão de eu não aprimorar muito as telas é para poder ficar com maior margem de progressão.
    Confessa, estive bem, não?
    :)

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  22. Hola, me gusta tu estilo, el colorido de esta obra es genial!! Un saludo!

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  23. Bela tela! Quanto ao poema, sem falso puritanismo, só sei lhe dizer que há muitas "abóboras-menina" por aí...
    Abraços e um ótimo fim de semana!

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  24. Bom mercado!

    A como é que está o kg dessa abóbora menina?

    ;)

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  25. Lindos a tela , a abóbora e o Poema !
    Um bom Domingo

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  26. Rafeiro Perfumado:
    E que não gosta de laurear a pevide?
    :)

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  27. Mari Jose Molina:
    Mi estilo es asi... indefinido.
    :)
    Gracias por tus palabras!

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  28. Elciana Goedert:
    Meninas, chilas, carneiras, porqueiras, eu sei lá... elas são tantas e para todos os gostos.
    :)

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  29. as-nunes:
    Isto aqui não é ao quilo, nem ao litro, é a talhada.
    :)

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  30. Helia:
    Muito obrigado. Desejo-lhe igualmente um bom domingo.
    :)

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  31. Está com bom aspecto e este tipo de abóbora proporciona pratos simples e deliciosos. Um creme com coentros é dos que mais aprecio.
    Não posso comparar com as filhoses, que também fazem crescer água na boca.
    Mais um mercado diferente para enriquecer o acervo do artista.
    "GOSTO", como se classifica no facebook.
    Um abraço

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  32. Filhoses (para mim) de cenoura, são mais fofinhas.
    :)

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  33. Será este o propalado «regresso aos mercados»?!...

    Não me canso de dizer: que produção!!!

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  34. Isa Lisboa:
    A Chila bem pode roer-se de inveja...
    :)

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  35. A menina e a abóbora ficam bem na tela. Da abóbora gosto também do doce que com ela se pode fazer. :)

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  36. Luisa:
    "O que é doce... " com moderação sabe bem e não engorda.
    :)

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