Esta tarde fomos até ao Mimo (Museu de Imagem e Movimento, em Leiria) para assistir à apresentação da V Antologia de Poetas Lusófonos.
No prefácio Adélio Amaro diz-nos que “A V
Antologia de Poetas Lusófonos é como uma bela e simples trança de uma criança, onde
poetas dos vários cantos do mundo vão entrelaçando a estrofe, a rima ou quadra
transmitindo ideias, pensamentos, desejos, esperança e sonhos”.
“É uma Antologia com poemas
simples e outros mais eruditos, mas todos eles com mensagem, seja ela de amor,
de tristeza, de angústia ou de experiência de vida.”
Como “aperitivo” deixo-vos aqui
dois poemas que foram declamados pelos seus autores.
Chegada
Ao longe vi Luanda iluminada
Derramando-se por ilimitadas
extensões
E chorei.
Ao chegar
Senti o sopro do ar morno
noturno
Cheirei os mil odores
tropicais
Senti a minha cidade
E chorei.
Ela reconheceu-me
Acariciou-me
Abraçou-me envolveu-me
Num amplexo saudoso e
pungente
E continuei a chorar.
Luanda
Mater da minha infância
Da minha alegria
Das minhas lágrimas
Cidade que sepulta o meu
início
E onde principia a eternidade
da minha mãe.
Luanda, agosto de 2011
(Maria José Guerreiro da
Franca Miranda)
No teu corpo fiz meu ninho
Abraça-me amor!
Sente o cheiro do meu colo e
o pulsar da minha pele.
Na melodia deste abraço ouve
o meu coração que só bate chamando por ti.
Abraça-me amor!
Dá-me o calor do teu peito.
Deixa-me ficar assim,
enroscada na firmeza dos teus
braços.
Aí, nesse ninho que é o teu
corpo,
moram todas as esperanças,
alimentam-se todos os sonhos
e libertam-se todas as emoções.
Abraça-me amor!
Teu corpo é minha casa,
minha canção,
meu poema.
Só ele encaixa em mim.
Só ele encaixa.
Só ele em mim.
Só ele.
Se "o Mundo", no dizer de Agostinho da Silva, "acaba sempre por fazer o que sonharam os poetas", resta-me pedir-lhes que sonhem... sonhem muito!
Não sabia deste evento. (Por acaso comprei uma outra antologia destas e... não gostei... Sorry.)
ResponderEliminarE eu que tanto gostava de ter ido! Também faço parte da antologia mas não me foi possível deslocar-me a Leiria. Obrigada pela sua presença, pelas fotos e pelos poemas.
ResponderEliminarUma grande (enorme) abraço
Uma bela tarde Rui,
ResponderEliminar_pouca coisa me salva e acalma a alma mais que a poesia.
Tenho lido e apreciado a veia poética da Sandra Subtil,escreve maravilhosamente bem.
obrigada por compartilhar essa amostra bonita dos seus momentos no evento,
bom domingo
Foi bom, gostei muito de conhecer pessoalmente o Rui, a Sandra e a Carla, assim como ver outras pessoas que conheço à muito e não sabia que escreviam!
ResponderEliminarBom domingo
beijinho e uma flor
Gostei muito do poema sobre Luanda.
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ResponderEliminarE vc sempre generoso nos proporciona
essa amostra do que foi o evento.
Lindos poemas!
Obrigada
Beijos
Joelma
Agradeço a visita aos meus delírios.
ResponderEliminarFoi uma tarde bem passada. Conhecer a Adélia e o Rui.
Agora é descobrir um pouco o seu blog.
Beijinhos
Pela amostra e comentários deve ter merecido a deslocação...
ResponderEliminarComo bónus, conhecer pessoas interessantes!
Abraço,
António
Obrigado pelas suas palavras lá no meu blogue! Por causa do FB, quase não me lembro de o visitar! :)
É bom existirem acontecimentos culturais assim.
ResponderEliminarBom domingo
Vim de coração cheio. Ter-te conhecido pessoalmente, bem como à Ana e à Adélia valeu mais do que ter os meus poemas nesta antologia. Sinceramente.
ResponderEliminarBeijinho grande a um casal amoroso e encantador.
Para os dois deixo as palavras sábias de Joaquim Pessoa.
"São as pessoas como tu que dão outra dimensão aos dias, transformando a chuva em delirante orvalho e fazendo do inverno uma estação de rosas rubras. "
A Poesia é para ser dita se foi escrita. Vivendo-se em silêncio talvez.
ResponderEliminarGostei do aperitivo! :)
ResponderEliminarBeijo
Isa Lisboa
=> Instantâneos a preto e branco
=> Os dias em que olho o Mundo
=> Pense fora da caixa
Adorei os poemas.
ResponderEliminarBoa noite a todos!
ResponderEliminarAdorei o lançamento, e lamento não me ter sido possível ficar até ao fim...
Gostaria de ter tido a coragem dos autores que leram os seus poemas! Muito belo!
Pearalta