"APENAS SE DEVE FAZER O QUE SE PODE, NEM MAIS NEM MENOS..."
terça-feira, 22 de janeiro de 2019
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
Dia dos Namorados (*)
terça-feira, 7 de junho de 2016
Doce Melodia
Óleo sobre Tela 60x80cm Doce Melodia Rui Pascoal - 2016 |
Doce Melodia
Bálsamo brisa
Água fresca no deserto
Ouvir ver
Ter-te por perto
Doce Melodia
(sem partitura)
Extasia
Manipula
Paraíso real
Improviso celestial
Beleza da natureza
Harmonia tanto faz
O corpo velho vacila
A pele até se arrepia
Esquece a idade
Rica é a mocidade… “rapaz”
Agudo ou grave não há quem os trave
terça-feira, 10 de maio de 2016
Cinza da Paixão
Óleo sobre Tela 40x80cm Cinza da Paixão Rui Pascoal - 2016 |
Cinza da Paixão
Pega no barro esquece o cigarro
Gira o torno com determinação
Nos dedos o contorno ainda morno
O sonho bizarro ganha dimensão
Bem queria moldá-la
Ar sensual e sedutor
Um brilho nos olhos dar-lhe até fala
Lábios morangos na cor e sabor
Madrasta arte deste artesão
Em vez da donzela são vasos pratos rasos panelas
Cântaros jarros tortos bilhas tijelas
Oleiro leal verdadeiro não é impostor
Não sendo porcelana translúcido é seu amor
Quimera fantasia ou ilusão resta a cinza da paixão
quarta-feira, 4 de maio de 2016
Brisa
Óleo sobre Tela 80x60cm "Brisa" Rui Pascoal - 2016 |
Meu amor é
marinheiro
E mora no
alto mar
Seus braços
são como o vento
Ninguém os
pode amarrar
Quando chega
à minha beira
Todo o meu
sangue é um rio
Onde o meu
amor aporta
Meu coração
um navio
Meu amor
disse que eu tinha
Na boca um
gosto a saudade
E uns
cabelos onde nascem
Os ventos e
a liberdade
Meu amor é
marinheiro
Quando chega
à minha beira
Acende um
cravo na boca
E canta
desta maneira
Eu vivo lá
longe, longe
Onde moram
os navios
Mas um dia
hei-de voltar
Às águas dos
nossos rios
Hei-de
passar nas cidades
Como o vento
nas areias
E abrir
todas as janelas
E abrir
todas as cadeias
Meu amor é
marinheiro
E mora no
alto mar
Coração que
nasceu livre
Não se pode
acorrentar
(Manuel Alegre)
sexta-feira, 29 de abril de 2016
(In)Justiça
Óleo sobre Tela 30x40cm "(In)Justiça" Rui Pascoal - 2016 |
"...Agora mesmo,
neste instante em que vos falo, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa,
alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse
existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam
o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente
justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de
vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e
viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um
lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira
quotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais exato e
rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à
felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma
justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse
a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da
própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como um
iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser
humano assiste."...
(José Saramago)
terça-feira, 12 de abril de 2016
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