Este tempo invernoso condenou-me a prisão domiciliária mas, por enquanto, não penso recorrer da sentença.
Desta minha cadeia sem grades e de muitas janelas, onde o Sol teima em não entrar, revi ontem City Lights (Luzes na Cidade) esse enternecedor filme de comédia mudo de Charlie Chaplin. No final da fita a florista cega, que entretanto recuperara a visão, oferece uma flor a um vagabundo que a olha hipnotizado e feliz. Ao colocar-lhe na mão uma moeda ela apercebe-se que esse Zé-Ninguém que está à sua frente é o seu benfeitor. Foi então que duas lágrimas sentidas rolaram na minha face…
Fernando Pessoa escreveu no Livro de Desassossego: “sinto-me velho, só para ter o prazer de me sentir rejuvenescer" e eu ao recordá-lo tornei-me menino outra vez.
"Luzes na Cidade" e a cena que descreves, é para mim uma das melhores cenas de sempre do cinema.
ResponderEliminarInteressante. O meu pai era um admirador incondicional do Charlie Chaplin e muitas vezes me falou nesse filme que nunca vi, bem assim como no Garoto de
ResponderEliminarCharlot, o Grande Ditador, Luzes da Cidade e tantos outros. Além do grande actor que foi, também compôs temas musicais e um dos que conheço serviu de tema ao filme que vi Luzes da Ribalta que tanto me comoveu. E por falar em filmes, acabei de rever um na RTP, que me fez chorar, até soluçar: Um Mundo Perfeito, com Kevin Costner, Clint Eastwood, Lauren Dern e o pequenino T.J. Lowther. Muito interessante e muito realista. Realização do Clint Eastwood.
Cristina