sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O Xerife

Aguardava pela minha vez na sala do consultório tentando iludir o tempo, como se alguém fosse capaz de o fazer, lendo, mas de forma pouco concentrada. A televisão passava um filme de animação o “Toy Story ”.

Espaçadamente ouvia-se o som de uma broca que me trazia receios antigos. Olhei em redor, revistas, cadeiras confortáveis, e novamente a TV a fazer-me recuar no tempo em que a rua era o nosso mundo…

Jogávamos à bola, a baliza era a porta de uma garagem e tínhamos de estar concentrados, atentos e vigilantes não fosse aparecer de repente o polícia ou mesmo o dono dos postes. Toca a fugir! Às vezes não dava tempo para apanhar a bola…

Brincávamos então com berlindes, peões, aos cowboys, acima de tudo aos cowboys e aos índios. E eu, que era dos bons, tinha para além do chapéu, do coldre com pistola de fulminantes, uma estrela. É verdade, eu era o responsável pela manutenção da paz. Eu era o xerife...

“- Já pode entrar sr…”

Como o tempo passa!!!

1 comentário:

  1. Xerife...huummmm..isso explica muita coisa....
    O Nemo seria o q?
    Ass. Gaspar

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