sábado, 6 de dezembro de 2008

Não me tirem o meu Natal


A mesa este ano vai estar mais vazia para sempre, só ela, não o meu coração.
Enquanto a memória não me abandonar, o que fatalmente irá acontecer como à ingenuidade e à ilusão de um adolescente, quero lembrar que um dia também fui menino. Até que o pacto não se desfaça, este não é vitalício, irei recordar... e tanto que eu tenho!
A "minha rua"..., não me refiro ao sítio onde morava mas sim aquela que me fascinava, para onde tentava sorrateiramente atrair e depois "arrastar" meu pai até aquela montra. Um autêntico delírio - o Bazar das Novidades. Caixinhas de Lego, pistas de comboios, carrinhos, o Batman, sei lá, tanta e tanta coisa para escolher com a vista...
Chegado o tão aguardado dia, fosse qual fosse a que me caísse no sapatinho, a alegria era enorme e verdadeira. Hoje, não quero prendas, não quero nada. Só peço que não me tirem o meu Natal.

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