Agora que esta escapadela já terminou (?) é tempo de fazer o balanço. Salamanca é uma cidade hospitaleira com imenso para oferecer a quem a visita, haja tempo (as pesetas já não são necessárias).
O nosso alojamento situava-se em pleno centro histórico, entre a Plaza Mayor e as Catedrais, o que nos permitiu rentabilizar a estadia.
Imperdíveis foram: "Ieronimos" (exposição documental sobre a história da arte das catedrais de Salamanca); O Arquivo Geral da Guerra Civil Espanhola (onde existe uma Loja Maçónica e objectos da Maçonaria);
a Casa Lis - Museo Art Nouveau Y Art Deco que alberga colecções de arte decorativa (porcelanas, vidros, esmaltes, joias, pintura, bonecas) e a exposição temporária "Ballets Russes"; A Antiga Universidade de Salamanca (destaco aqui o ensino das Línguas);
E, por falar em Línguas, para ver se nos entendemos,
vou terminar por onde comecei...
"A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse:
“Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.
(Jose Saramago - in "Viagem a Portugal")