O dia amanheceu cedo e fresco com muita luz e a temperatura chegou aos 16 graus. Como não choveu optámos por fazer passeatas por alguns dos locais mais emblemáticos desta cidade.
Saímos do nosso hotel, que fica junto ao Aahrus Theatre, por volta das nove horas para ir ter com “a nossa guia particular”. Da Ryesgade fomos até ao ponto de encontro, Radhuspladsen, junto ao edifício da Câmara Municipal, daí seguimos até à sala de concertos Musikhuset, que é considerada um dos centros culturais mais importantes da Dinamarca e ao lado deste fica o Museu de Arte (Aros Aahrus). Neste passeio apercebemo-nos da existência de algumas semelhanças com Amesterdão. Há imensas bicicletas, hippies, canais (em menor número) e urinóis a céu aberto. Como não havia ninguém a utilizá-los nesse momento, e eu vos queria mostrar como esta malta se alivia, improvisámos. Nisso do “desenrascanso”, pode não cheirar lá muito bem, nós somos bons e a imagem confirma-o.
A boa disposição e o passeio continuaram, de mãos dadas, agora por Aboulevarden, artéria pedonal cheia de esplanadas junto a um dos canais e que nos levou até ao porto da cidade.
Como os nossos horários para comer, a educação e situação económica nada têm que ver com estes nórdicos, pouco nos interessava que fossem já horas de almoço, essas estipula-as o estômago e dele não vinham sinais. Prosseguimos o nosso passeio até á estação de comboios, entrámos nos Correios, depois no Posto de Turismo e delineada já a nossa retirada para Copenhaga, na próxima quinta feira, fomos finalmente conhecer a residência Universitária da estudante.
Confirma-se que está optimamente instalada, a renda “nem é assim tão cara” comparada com o custo da nossa estadia neste hotel, o meio envolvente em plena harmonia com a natureza, rodeada daquilo que nos faz roer de inveja, a juventude que um dia tivemos e que é hoje reconhecidamente deles. Posto isto e mesa posta atacamos num caril de camarão de Moçambique, previamente confeccionado com todos os temperos e onde não faltou uma generosa pitada de amor da “mãe galinha”.
Fosse do cheiro forte das especiarias ou questão do destino, a verdade é que partilhámos o nosso “banquete”, com todo o prazer, com um colega da nossa filha. E no final para mostrar ao André que não há almoços grátis “cravámos-lhes” com um cafezinho instantâneo. Depois disto acreditamos seriamente que ele tão cedo não se vai esquecer “desta pequena maldade”.
A meio da tarde ainda houve tempo para encher a dispensa e reforçar o guarda-roupa da estudante, este não estava no programa. E é assim que gastamos os dias, porque as coroas essas nunca as tivemos. Ficamos com o que resta, as caras alegres destes jovens e acham que é pouco?!...