domingo, 26 de julho de 2009

Ursos à solta no Algarve

(... O projecto “Dança dos Ursos” tem como tema de fundo “a evolução”, “a mudança para algo melhor”, “a acção positiva”, “a esperança”, e até a orientação para o futuro” foram sugeridas a 26 artistas de diferentes nacionalidades, contextos culturais e estéticos. Desafiados a usar toda a sua criatividade e liberdade de expressão para dar vida aos ursos, alguns dos artistas envolvidos arriscaram novos caminhos. Outros mantiveram-se fiéis às ideias e materiais que têm vindo a apresentar...)

Junto ao Museu de Portimão vocês poderão confirmar com os vossos próprios olhos, como eu e São Tomé, que andam ursos à solta no Algarve. Mas... será só por lá?



(Para ver tudo - aqui)

sábado, 25 de julho de 2009

World Press Photo


“Fundada em 1955 na Holanda, a World Press Photo é uma organização não governamental que promove o profissionalismo no fotojornalismo e a liberdade de informação, bem como a realização de várias iniciativas nesta área, das quais se destaca o maior concurso mundial de fotografia”.

Esta exposição, que ontem foi inaugurada em Portimão e à qual tivemos o privilégio de assistir e visitar, não deixa ninguém indiferente tal a intensidade das suas imagens.




sexta-feira, 24 de julho de 2009

A boa vida não dura sempre

Uma das minhas mágoas de reformado com a qual terei de viver agora e sempre, é não poder marcar férias. Não pensem que é fácil ultrapassar esta situação, eu já o vinha fazendo há trinta anos e agora acabou-se.

Mais do que a ausência ao trabalho, que era sempre motivo de alegria, o que me dava mesmo gozo era preencher o Mapa de Férias e conciliá-lo com colegas, feriados e pontes. As datas emaranhavam-se como nós de um novelo, todos os anos se justapunham, havia que ter a paciência de pescador ou de chinês, pinças e mãos de cirurgião (imaginem uma manada de elefantes numa loja de porcelanas). Após morosas e acaloradas discussões as peças do puzzle lá se encaixavam. Hoje estou órfão desses momentos. É triste, muito triste.

Se "o que não tem remédio remediado está", não adianta carpir mágoas. A minha sorte (nunca me abandonou e eu sempre a persegui), ou o que me vale é a minha mulher ainda trabalhar. Ela sim tem férias. Eu aproveito a boleia, senão… o que seria de mim? Agora vou dar um mergulho, não tarda nada ela regressa ao trabalho, porque a boa vida não dura sempre.

(Marina Portimão)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Mia Couto


Não é todos os dias que, numa cidade pequena como Leiria, temos o prazer de trocar dois dedos de conversa com um escritor. Foi o que aconteceu esta tarde, na Livraria Arquivo, antes da apresentação do seu último romance – Jesusalém.

Apesar de estarmos em plena época de férias, mesmo assim, os leitores acorreram em peso, e, do espaço completamente apinhado, ninguém arredou pé.



Se antes já nos deleitávamos com a sua escrita poética, agora, que o vimos simples e ouvimos puro, a nossa alegria é ainda maior.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Barroco Tropical

Há livros que lemos e que gostamos de reler como este Barroco Tropical de José Eduardo Agualusa. Vejam a apresentação da obra, efectuada pelo Professor Marcelo Rebelo de Sousa na Casa da Morna em Lisboa e que contou com a colaboração musical de João Afonso. Depois desfrutem da sua leitura.

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P.S.: O blogue anda muito pálido, precisa ganhar cor, por isso vai a banhos. Mas só ele, reformado não tem férias. Boas leituras!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O Meu Tesouro

Há quem muito cave e pouco ou nada encontre... Há outros que nasceram com o cu virado para a lua, para quem a palavra cavar significa fugir, pisgar, pôr-se a milhas...

Tempos houve em que, mais por ilusão do que convicção, apostei em jogos de fortuna e azar em busca de ganhos astronómicos e imediatos. Se nessa altura acertar no totobola ou no euromilhões não era tarefa fácil, agora, que já não jogo, o grau de dificuldade é bem maior. O certo é que, apesar das descidas constantes das taxas de juro dos depósitos a prazo e das quedas bolsistas, hoje sinto-me rico, muito mais rico. Encontrei um tesouro! Sabem como?

Estava eu em casa, no meu local de culto reflexão e leitura, quando um chilrear despertou um dos meus sentidos e me fez suspender dois trabalhos que tinha entre mãos (isto só para vos mostrar que nós os homens conseguimos fazer duas coisas ao mesmo tempo). Depois do autoclismo despejado e da higiene que se impunha, não resisti, abri a janela da casa de banho e, ipso facto, dentro da buganvília saltou que nem coelho da toca (ou cartola), ou acrobata do trampolim, um indefeso e assustado passarito. Foi como um ginasta e equilibrista que eu, com um pé na sanita e outro no bidé, muito esticado, encontrei bem camuflado pelas brácteas violáceas o seu ninho. Dentro dele quatro minúsculos ovos reluziam como pedras preciosas – o meu tesouro.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Ela tinha uma amiga chamada Maria

Em atenção ao comentário do "post" anterior.

domingo, 12 de julho de 2009

Singular ou plural?


Aceitam-se comentários sobre a imagem.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Anita

Se o original não foi fácil…

A primeira dificuldade foi convencer a mãe a ter outro descendente. Como as minhas súplicas eram sistematicamente recusadas decidi mudar a estratégia, o pedido passou então a ser feito directamente pelo meu filho. Impossível resistir aos apelos de uma criança.


A cópia foi bem mais difícil…

Parto provocado e problemático, contou com a mão da professora Dulce Bernardes que a ajudou a (re)nascer.

terça-feira, 7 de julho de 2009

"Viva o Povo Brasileiro"

Nunca fui ao Brasil. Apesar de viverem lá familiares, das viagens hoje estarem mais baratas que no passado, de ser “um país tropical abençoado por Deus”, do Carnaval, do Samba, das mulatas e das praias paradisíacas, mesmo assim, eu ainda não fui ao Brasil. Mas o Brasil esteve comigo, nos livros de Jorge Amado, na música da Betânia, do Caetano, do Chico, da Elis, do Vinicius, na telenovela Gabriela, desde sempre, até hoje.

Acabei há instantes de ler “Viva o Povo Brasileiro”, um romance histórico de João Ubaldo Ribeiro, considerada uma das obras mais importantes da literatura brasileira, onde nos é contada de forma bem humorada, irónica e por vezes satírica, “a saga de um povo em busca da sua identidade e afirmação”. Não resisto a colocar aqui um pequeno excerto.

Mas, explicou o cego, a História não é só essa que está nos livros, até porque muitos dos que escrevem livros mentem mais do que os que contam histórias do Trancoso. (...) toda a História é falsa ou meio falsa e cada geração que chega resolve o que aconteceu antes dela e assim a História dos livros é tão inventada quanto a dos jornais, onde se lê cada peta de arrepiar os cabelos. Poucos livros devem ser confiados, assim como poucas pessoas, é a mesma coisa”.

No final deste livro fiquei com vontade ler outros deste autor e também com a sensação de que hoje o Brasil está, pelo menos para mim, mais perto do que nunca.

sábado, 4 de julho de 2009

Praia do Pedrógão é única!

Cacimba? Hoje? Novamente? O Sol há dias, semanas, todo o mês, que teima em não abrir? O vento continua forte e a areia atinge-nos? O mar bravo e a água gelada afastam-nos e impedem-nos de molhar os pés? Os estrados e as estradas estão numa lástima? É difícil estacionar? A restauração sofrível e o comércio inexistente? Dos produtos expostos o que mais sobressai é a antipatia dos seus comerciantes? Mas afinal queriam o quê? O Algarve? A Costa do Sol? A Riviera Francesa?

Para, os distraídos e menos crentes, ressabiados e maldizentes, e tambem para os amantes do desporto, da fruta e dos doces, ora aí está o tira-teimas, a prova dos nove, a evidência, a cereja em cima do bolo. Após o inesquecível festival da sardinha, não me refiro ao fumo e cheiro que a todos contagia, eis que o Pedrógão volta a brilhar, desta feita com o andebol de praia, se bem que este ano, com algumas baixas de peso, quer por parte dos atletas quer por parte dos espectadores. E ainda há quem duvide que esta não é a melhor praia do concelho de Leiria?!...

Lá estão vocês de novo, pois e tal, que não há mais nenhuma no concelho..., eu sei. Por isso, e tambem pelo pouco que mostra e pelo muito que esconde, digo que ela é única.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Contagem decrescente

Dez, nove, oito, são os dias que faltam para o regresso a este continente, a este país, a esta cidade, a esta casa, a este quarto, outrora grandes, que continuam a ter o tamanho que sempre tiveram, que é relativo. Estou certo que ele, pelo contrário, cresceu mais do que a sua altura, mais até do que nós havíamos imaginado.

Até ao reencontro, que há muito se anseia, a contagem decrescente não vai parar.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A minha Sogra…

A semana passada cá no burgo foi pródiga de acontecimentos. No campo das letras destaque para José Eduardo Agualusa, que esteve dia 25 na Livraria Arquivo a falar sobre o seu recente livro, Barroco Tropical.

Sempre atenta e vigilante, como as demais, a minha sogra, munida de boas intenções, e isto não é piada nenhuma sobre o inferno, sabendo do meu especial apreço por África e seus derivados, decidiu presentear-me com essa obra. Não contente ainda com tal gesto, entendeu que a mesma deveria ser autografada pelo seu autor, com uma dedicatória especial para o seu querido genro, eu próprio. “Para o Rui Pascoal este Barroco Tropical com parabéns pelo aniversário e a amizade (assina o autor)”.

Até aqui tudo bem dirão vocês, amor de sogra é infinito, absoluto e eterno. Alto aí! Amizade? De quem? Do escritor? Da sogra? Com esta malta nada de fiar pois haverá sempre algo que a razão humana não pode alcançar. Ainda por cima, “a santa”, baralhada quanto ao meu dia de anos, zás, rasurou a data que havia sido escrita pelo punho de artista. Acham que devo perdoar-lhe?!...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

As férias são uma chatice!

Haverá por certo muito boa gente que não irá concordar comigo… mas, antes de me julgarem, vejam se tenham, ou não, razão.