Sábado à tarde, depois de “despachar” as minhas mulherezinhas para aquilo que elas mais gostam de fazer e que a mim me provoca náuseas, fui deambular pela baixa de Lisboa. Mesmo sem Sol a cidade estava alegre e colorida mercê dos muitos turistas, a maioria deles bósnios. À noite jogava-se o Portugal / Bósnia e eu, que já tinha bilhetes comprados de véspera, não queria perder o espectáculo…
Assim que o árbitro apitou para dar início ao encontro, girei sobre os calcanhares, flecti, fiz aquele jogo de cintura deixando-os amarrados como agora, tal é o poder do meu drible. Já sem adversários por perto, entrei calmamente com a minha cara-metade no Teatro D. Maria II para ver “O Ano do Pensamento Mágico”. Confessem não estavam à espera desta finta, pois não?
Assim que o árbitro apitou para dar início ao encontro, girei sobre os calcanhares, flecti, fiz aquele jogo de cintura deixando-os amarrados como agora, tal é o poder do meu drible. Já sem adversários por perto, entrei calmamente com a minha cara-metade no Teatro D. Maria II para ver “O Ano do Pensamento Mágico”. Confessem não estavam à espera desta finta, pois não?
A peça é um monólogo sobre a perda, a mágoa e a tristeza. Deixo-vos aqui um pequeno excerto:
A vida modifica-se rapidamente…
A vida muda num instante…
Sentamo-nos para jantar
e a vida, como a conhecemos, acaba!
No final do espectáculo o público aplaudiu e o céu, também sensível e penoso, lá deixou escorregar as suas lágrimas. E, fosse da chuva miudinha ou não, o certo é que senti meus olhos embaciados.
Considerando o espectáculo que foi o Portugal - Bósnia, não irias notar a diferença. Abraço!
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