quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Francisco Rodrigues Lobo e o Rio Lis


Fermoso rio Lis, que entre arvoredos
Ides detendo as águas vagarosas,
Até que üas sobre outras, de invejosas,
Ficam cobrindo o vão destes penedos;


Verdes lapas, que ao pé de altos rochedos
Sois morada das Ninfas mais fermosas,
Fontes, árvores, ervas, lírios, rosas,
Em quem esconde Amor tantos segredos;


Se vós, livres de humano sentimento,
Em quem não cabe escolha nem vontade,
Também às leis de Amor guardais respeito.


Como se há-de livrar meu pensamento
De render alma, vida e liberdade,
Se conhece a razão de estar sujeito?


(Fotos tiradas esta manhã junto do rio que o poeta, Francisco Rodrigues Lobo, tão bem cantou.)

6 comentários:

  1. Um prazer ver um rio assim. Sem poluição (aparentemente) sem barragens...sem homens...

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  2. Já não se fazem poetas como antigamente... :)))
    Como discípulo de Camões (que considero o maior poeta de todos os tempos) Francisco Rodrigues Lobo tem poemas muito bonitos.
    Aqui ele canta o Lis, mas também cantou o Tejo :)

    Eu fui entrando assim sem ser convidada, mas gostei tanto deste espaço que, se me deres licença, vou fazer-me tua seguidora.
    E voltar.

    Continuação de boa semana. Beijinhos

    Ah! As fotos são lindas!

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  3. Abençoada chuva! Até o Lis leva um caudal de jeito!

    Até os patos nadam mais contentes. :)

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  4. Obrigada por me ter deixado o seu endereço!
    Visitei, li, saboreei e gostei imenso da naturalidade com que escreve! Adorei o recheio do seu espaço; achei muita graça a ter colocado na Gavetinha poemas que encontrei no "Tinta com pinta"...
    Claro que vou voltar!...
    helena

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